19 MAIO - S. PEDRO CELESTINO, Papa e Confessor


São Pedro Celestino nasceu por volta de 1215 na região de Molise, Itália, e faleceu em 19 de maio de 1296, em Fumone. Fundou a Ordem dos Celestinos, uma ramificação beneditina, por volta de 1254, aprovada oficialmente em 1263. Eleito papa em 5 de julho de 1294, assumiu o nome de Celestino V, mas abdicou do pontificado em 13 de dezembro do mesmo ano, sendo um raro exemplo de renúncia papal. Canonizado em 1313 pelo Papa Clemente V, sua memória litúrgica é honrada por sua humildade e busca pela santidade. Ó alma sedenta de Deus, que em São Pedro Celestino encontra um espelho da verdadeira humildade! Desde jovem, ele se entregou à vida eremítica, buscando nas cavernas e na solidão a intimidade com o Criador. Sua alma, abrasada pelo amor divino, não se contentava com as glórias passageiras do mundo, mas aspirava à eternidade. Como monge, viveu em penitência rigorosa, e como papa, mesmo por breve tempo, governou com simplicidade, mostrando que o poder terreno é nada diante da cruz de Cristo. Sua renúncia ao papado não foi fraqueza, mas um ato de fortaleza espiritual, preferindo a obediência à vontade divina à coroa do mundo. Em sua vida, vemos a vitória da graça sobre a vaidade, um convite a todos para que, despojados do egoísmo, sigam o caminho estreito que conduz à vida eterna. Embora São Pedro Celestino não tenha deixado extensos escritos, sua autobiografia, preservada em fragmentos, reflete sua espiritualidade profunda e humilde. Um texto atribuído a ele, encontrado em registros de sua ordem, exorta: “Ó alma, busca a Deus na simplicidade do coração, pois Ele não se revela aos soberbos, mas aos que se fazem pequenos. A verdadeira grandeza está em servir, não em ser servido.”

Introito (Jo 21, 15, 16 et 17 | Sl 29, 2)
Si díligis Me, Simon Petre, pasce agnos meos, pasce oves meas... Se tu me amas, Simão Pedro, apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Sl. Eu Vos glorificarei, Senhor, porque me recebestes, e não permitistes que os meus inimigos se alegrassem à minha custa. ℣. Glória ao Pai.

Epístola (I Pe 5, 1-4.10-11)
Caríssimos: Aos anciãos entre vós exorto eu, ancião como eles e testemunha dos padecimentos de Cristo, como também companheiro na glória que se há de manifestar. Apascentai o rebanho de Deus que vos está confiado; tende cuidado dele, não constrangidos, mas de bom grado, segundo Deus, não por amor de lucro vil, mas por dedicação, não como que exercendo domínio sobre os Eleitos, mas fazendo-vos de coração modelos do rebanho. Quando então aparecer o Supremo Pastor recebereis a coroa imarcessível da glória. O Deus de toda a graça, que no Cristo Jesus nos chamou para a sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, fortificará e consolidará. A Ele a glória e por todos os séculos. Amen.

Evangelho (Mt 16, 13-19)
Naquele tempo, veio Jesus para os lados de Cesareia de Filipe, e interrogou os seus discípulos: Na opinião dos homens quem é o Filho do homem? E eles responderam: Uns dizem que é João Batista, outros que é Elias, outros que Jeremias ou algum dos Profetas. Disse-lhes Jesus: E vós, quem julgais que eu sou? Tomando a palavra, Simão Pedro disse: Vós sois o Cristo, Filho de Deus vivo. E respondendo, Jesus disse: Bem-aventurado és tu, Simão Bar Jonas [filho de Jonas], porque não foi a carne e o sangue que te revelaram isso, mas meu Pai que está nos céus. E por isso te digo que és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos céus. E tudo que ligares sobre a terra, será ligado nos céus; e tudo o que desligares sobre a terra, será desligado nos céus.