O Jubileu de Leão XIV e o Cristo com Útero


Porventura, caros fiéis, já não bastassem as contínuas investidas do modernismo contra a sagrada doutrina da Igreja, eis que o Vaticano, em sua mais recente exibição de apostasia, nos brinda com uma teologia tão aberrante que faz corar até os hereges mais empedernidos. O artigo recente publicado no Big Modernism, intitulado “Cristo Tem um Útero: A Teologia Surrealista do Jubileu de Leo”, expõe, com clareza alarmante, a nova profundidade a que a Roma conciliar desceu. Permitam-me, no espírito da resistência católica à tirania modernista, dissecar esta abominação com a espada da verdade.

O cerne desta heresia é a tentativa de redefinir Nosso Senhor Jesus Cristo, o Verbo Encarnado, com atributos que desafiam não apenas a teologia, mas a própria razão. A proposta de que Cristo possuiria um “útero” não é apenas uma metáfora poética mal concebida, mas uma distorção deliberada da natureza divina e humana de Nosso Salvador. Como ensina o Catecismo Tridentino, Cristo assumiu a natureza humana como homem, não como uma figura andrógina ou feminizada. Tal ideia é um eco das heresias gnósticas, que misturavam elementos pagãos com a verdade revelada, e agora ressurge sob o disfarce de um “jubileu” que mais parece uma celebração do caos.

O artigo aponta que essa teologia surrealista está atrelada ao chamado “Jubileu de Leo”, uma iniciativa que, sob o pretexto de renovação espiritual, promove uma agenda que dilui a masculinidade de Cristo e exalta uma visão panteísta da divindade. É a mesma Roma conciliar que, desde o Vaticano II, substituiu a clareza do dogma pela ambiguidade sentimentalista. Como já alertava o grande Arcebispo Lefebvre, “a nova religião não é a religião católica”. Aqui, vemos a prova: uma tentativa de transformar o Redentor em uma figura híbrida, mais próxima de uma deusa pagã do que do Filho de Deus.

Não se enganem, irmãos: esta aberração não é obra de um teólogo isolado. O Big Modernism revela que tal teologia é endossada por setores influentes dentro da hierarquia conciliar, que veem no Jubileu de Leo uma oportunidade de avançar sua agenda progressista. Bispos, teólogos e até mesmo cardeais, que deveriam ser guardiões da fé, permanecem em silêncio ou, pior, aplaudem esta blasfêmia. É a mesma traição que vimos na promulgação da Novus Ordo Missae, quando a liturgia foi mutilada para agradar o mundo protestante e secular. Agora, é a própria pessoa de Cristo que sofre mutilação teológica.

Onde estão os pastores que outrora defenderam a fé com o sangue? Onde estão os sucessores dos Apóstolos, que deveriam condenar esta heresia com anátemas? Em vez disso, temos uma Igreja conciliar que dança ao som do mundo, adotando o jargão feminista e as ideologias de gênero que corroem a civilização cristã. Como dizia São Pio X, “o modernismo é a cloaca de todas as heresias”. E esta cloaca nunca esteve tão fétida.

O artigo também destaca como o Jubileu de Leo é um ataque velado à liturgia tridentina e à espiritualidade pré-Vaticano II. A exaltação de uma “teologia do útero” não é apenas uma afronta a Cristo, mas uma tentativa de ridicularizar os fiéis que se agarram à Missa de Sempre, à doutrina imutável e à moral perene. Os modernistas sabem que a Tradição é o maior obstáculo aos seus planos. Por isso, como o Big Modernism corretamente observa, eles buscam marginalizar os tradicionalistas, acusando-os de rigidez, enquanto promovem uma liturgia e uma teologia que beiram o absurdo.

Nós, que permanecemos fiéis à Igreja de sempre, não nos surpreendemos. Desde a promulgação de Traditionis Custodes, vimos a hostilidade do Vaticano contra a Missa Tridentina. Agora, com o Jubileu de Leo, eles vão além, atacando a própria essência da fé. Mas, como nos ensina São Paulo, “não nos conformemos com este mundo” (Rm 12,2). Nossa resistência deve ser firme, nossa oração incessante, e nossa confiança na Virgem Maria, Mãe de Deus, inabalável.

Referência

Christ Has a Womb: The Surrealist Theology of Leo’s Jubilee”, publicado em 16 de junho de 2025 no Big Modernism (Substack), disponível em: https://bigmodernism.substack.com/.