Uma cronologia da crise de fé no pontificado de Francisco


Desde o início de seu pontificado em 2013, Papa Francisco tem promovido ações e declarações que, sob a perspectiva conservadora, comprometem a doutrina católica tradicional, favorecendo o indiferentismo religioso, a ambiguidade moral e a erosão da fé ortodoxa. Em 2013, suas saudações públicas a muçulmanos e budistas, embora apresentadas como gestos de diálogo, sugeriram uma equiparação indevida entre a verdade católica e crenças não cristãs, minando a exclusividade da salvação em Cristo. No mesmo ano, sua visita à sinagoga romana, embora parte do diálogo judaico-cristão, foi vista como um passo em direção ao relativismo, ao não enfatizar a necessidade de conversão.

Em 2014, Francisco intensificou o diálogo inter-religioso ao visitar um templo budista no Sri Lanka, um ato que, para críticos, simbolizou deferência a uma religião pagã. Sua recepção de um “Livro Sagrado” budista, chamado de “precioso”, reforçou a percepção de que ele valoriza textos não cristãos em detrimento da Escritura Sagrada. Em 2015, durante encontros na Tailândia com budistas e outras religiões, suas ações foram interpretadas como endosso de crenças incompatíveis com o catolicismo. Mais grave ainda, sua declaração de que a difusão do Evangelho não difere da jihad chocou conservadores, equiparando a missão cristã a conceitos islâmicos associados à violência.

O ano de 2016 marcou um ponto de inflexão com a publicação de Amoris Laetitia, cuja abordagem ambígua sobre a comunhão para divorciados recasados foi vista como uma ruptura com a moral católica, especialmente por sua autoproclamação como Magistério Autêntico. A confirmação de uma carta vazada pela Rádio Vaticana, endossando interpretações liberais do documento, intensificou as críticas. Ainda em 2016, Francisco pediu desculpas aos homossexuais, sugerindo que a Igreja deveria reparar supostos erros, o que foi uma concessão à agenda progressista.

Em 2017, Francisco defendeu a reforma litúrgica do Novus Ordo como irreversível, rejeitando críticas de tradicionalistas que veem na Missa Tridentina a expressão mais pura da fé. Sua afirmação de que Lutero não errou sobre a justificação foi considerada uma traição ao Concílio de Trento, enquanto sua crítica à denúncia de heresias e defesa do ecumenismo como irreversível alienaram aqueles que valorizam a clareza doutrinária. Em 2018, a controvérsia escalou quando Francisco, em entrevista, negou a existência do inferno, contradizendo o Catecismo. Sua declaração a um homossexual, afirmando que ele “foi feito assim”, foi vista como endosso implícito à homossexualidade, desafiando a doutrina sobre a desordem intrínseca do pecado. Nesse mesmo ano, uma carta revelou que Francisco tinha conhecimento de casos graves de pedofilia, levantando questões sobre sua responsabilidade em encobrir escândalos.

Em 2019, a assinatura do Documento sobre a Fraternidade Humana em Abu Dhabi, onde Francisco afirmou que a diversidade religiosa é um desígnio de Deus, foi interpretada como uma promoção aberta do indiferentismo. Sua declaração de que muçulmanos são “crentes autênticos” e possuem liderança responsável ignorou a necessidade de conversão ao cristianismo. O Sínodo da Amazônia, com a inclusão de ritos envolvendo a Pachamama, foi denunciado como idolatria, e suas desculpas pelo “roubo” das estátuas pagãs chocaram fiéis. O Sínodo também propôs o ministério feminino na liturgia, visto como um passo para a ordenação de mulheres, contrária à tradição.

Em 2020, Francisco apelou por uma “nova ordem mundial” durante a pandemia de COVID-19, levantando temores de alinhamento com agendas globalistas. Suas advertências sobre o fim da humanidade devido às mudanças climáticas reforçaram essa percepção. Em 2021, sua homenagem a muçulmanos falecidos no Iraque e a afirmação de que tentar converter cristãos ao catolicismo é pecado mortal foram vistas como abandonos da missão evangelizadora da Igreja. Em 2022, o apoio de bispos alemães à normalização da homossexualidade e à desvalorização do adultério, sob a influência de Francisco, foi considerado um ataque à moral católica. A realização de um serviço anglicano na Basílica de São Pedro reforçou a percepção de sincretismo.

Em 2023, a bênção de Francisco ao presidente Lula, um defensor de políticas pró-aborto, e seu pedido de orações por ele foram vistos como escandalosos. O documento Fiducia Supplicans, permitindo bênçãos a casais homossexuais, confirmou temores de que Francisco endossa o pecado, corroborado por relatos de padres, como um francês que afirmou ter recebido sua aprovação. Suas declarações ambíguas sobre transexualismo e casamento gay aprofundaram a crise. Em 2024, a suposta aprovação de contracepção artificial e incentivo à fornicação, embora sem evidências claras, alimentou críticas. O apoio de um cardeal nomeado por Francisco a feministas pró-aborto e a expulsão de manifestantes pró-vida de uma igreja, além do discurso de um presidente pró-aborto no Vaticano, reforçaram a visão de um papado alinhado com o secularismo.

Em 2025, os apelos de Francisco por uma “revolução verde” e uma “revolução desde baixo” foram interpretados como promoção de ideologias progressistas. A introdução de uma nova tradução do Pai Nosso na Itália foi vista como uma tentativa de alterar a tradição litúrgica. Declarações sem data precisa, como a sugestão de que judeus podem alcançar santidade sem Cristo, a negação da ressurreição corporal, a possibilidade de Judas não estar no inferno, e a frase “vem-me à mente dizer algo que pode ser uma heresia”, solidificam a imagem de um pontificado que flerta com a apostasia.

O pontificado de Francisco representa uma ruptura com a tradição, marcada por gestos que relativizam a fé, escândalos que abalam a confiança e ensinamentos que desafiam a doutrina. Cada episódio, seja um encontro inter-religioso ou uma declaração moral, é visto como um passo em direção à diluição da identidade católica, exigindo vigilância dos fiéis para preservar a verdade revelada.