A morte do Papa Francisco, em 21 de abril
de 2025, marcou o fim de um pontificado de 12 anos que mergulhou a Igreja
Católica em uma crise sem precedentes, cujas consequências desastrosas
reverberam no caos que agora engolfa o Vaticano. Como apontado por Roberto de
Mattei em Rorate Caeli (31 de março de 2025), o pontificado de Francisco,
caracterizado por improvisações, autoritarismo e uma mundanização do papado, não
apenas comprometeu a dignidade da Sé de Pedro, mas também deixou um legado de
divisões e confusão. Complementando essa análise, o artigo de "The Wanderer" (23
de abril de 2025) descreve o Vaticano como um "ninho de vespas", onde a desordem
logística e institucional reflete as decisões caprichosas de Francisco.
Francisco, o primeiro a
adotar o nome do santo de Assis, prometeu simplicidade, mas entregou uma
secularização que corroeu a sacralidade do papado. Como destacou de Mattei,
desde seu primeiro "Boa noite" informal até sua última aparição em 9 de abril de
2025, envolto em uma manta listrada em uma cadeira de rodas, Francisco abandonou
o decoro esperado do Vigário de Cristo. Seus gestos midiáticos — lavar os pés de
muçulmanos, participar do Festival de Sanremo, ou proferir o infame "Quem sou eu
para julgar?" — foram vendidos como "humanização", mas, na verdade,
trivializaram o papado, transformando-o em um espetáculo populista. Pior ainda,
eventos como o culto à Pachamama nos Jardins do Vaticano, descrito como
paganismo por de Mattei, revelam uma traição aos fundamentos da fé católica.
Esse estilo personalista, desprovido de um projeto ideológico claro, mas
impregnado de contradições, deixou a Igreja fraturada, com fiéis e clérigos
divididos entre perplexidade e revolta.
O desastre do pontificado de
Francisco não se limita à sua imagem pública; suas decisões administrativas e
nomeações foram igualmente catastróficas. Conforme "The Wanderer" relata, o
Vaticano está em "caos absoluto" devido à nomeação de figuras ineptas por puro
"capricho tirânico". A escolha de residir na Domus Sanctae Marthae, em vez do
Palácio Apostólico, por uma suposta humildade, transformou o local em um centro
de fofocas e negociações escusas, comprometendo sua função original como
residência dos cardeais durante o conclave. A reforma da Cúria, instituída pela
constituição Praedicate Evangelium, gerou complicações logísticas, com a Domus
incapaz de acomodar todos os cardeais e o Governatorato sob a liderança
inadequada de uma freira, Raffaella Petrini, nomeada contra as normas
vaticanas.
As nomeações de Francisco, como a da teóloga feminista
Emilce Cuda ou do "presunçoso" arcebispo Diego Ravelli como mestre de
cerimônias, são exemplos de uma gestão que privilegiou lealdades pessoais em
detrimento da competência. Ravelli, acusado de semear confusão nas liturgias,
agora enfrenta a tarefa hercúlea de coordenar um conclave que promete ser um
"caos dramático". Essas escolhas, combinadas com reformas improvisadas e a
ausência de uma legislação clara para o conclave, transformaram o Vaticano em um
campo minado, onde até as funções mais básicas estão comprometidas.
O
conclave de 2025, que decidirá o sucessor de Francisco, será, nas palavras de
"The Wanderer", um dos mais complexos da história. A Igreja, "fraturada,
desorientada e forçada a enfrentar suas contradições mais profundas", reflete o
impacto de um pontificado que aprofundou divisões internas. As tensões
acumuladas, conforme previsto por de Mattei, explodirão em um conclave
prolongado, sob a liderança questionável do Cardeal Giovanni Battista Re. A
falta de um legado ideológico sólido — o chamado "bergoglianismo" sendo apenas
um estilo autoritário e errático — garante que o próximo papa não seguirá os
passos de Francisco, mas terá a tarefa árdua de reparar os danos deixados por
ele.
O pontificado de Francisco foi um desastre que desmantelou a
dignidade do papado, enfraqueceu a autoridade da Igreja e lançou o Vaticano no
caos. Suas ações, desde gestos midiáticos que secularizaram a fé até nomeações
que sabotaram a governança, deixaram um rastro de confusão e desordem. Como de
Mattei e "The Wanderer" argumentam, o preço de suas improvisações está sendo
pago agora, com um conclave iminente marcado por incertezas e uma Igreja
dividida. Enquanto oramos pela alma de Jorge Mario Bergoglio, é impossível
ignorar o legado de ruínas que ele deixou, desafiando a Igreja a encontrar um
caminho de restauração em meio ao colapso que ele engendrou.