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sábado, 12 de outubro de 2024

Conbate ao modernismo - Famosos excomungados

A encíclica Pascendi Dominici Gregis (1907), de São Pio X, condenou o Modernismo de maneira ampla, categorizando-o como "a síntese de todas as heresias". O decreto Lamentabili Sane Exitu (1907) também listou 65 proposições modernistas que foram rejeitadas pela Igreja. São Pio X excomungou uma série de autores e teólogos que foram associados ao movimento do "Modernismo", que ele considerava uma heresia grave. Entre os autores e teólogos excomungados por suas ideias modernistas, destacam-se os seguintes:

Ernesto Buonaiuti – Um dos mais famosos modernistas excomungados. Ele era um padre italiano, historiador da Igreja e teólogo. Buonaiuti escreveu extensivamente sobre a necessidade de reformar a Igreja à luz dos avanços científicos e históricos. Sua excomunhão em 1926 foi particularmente notável.

Alfred Loisy – Padre francês e um dos principais nomes do Modernismo. Ele criticava a interpretação literal da Bíblia e defendia a aplicação da crítica histórica aos textos sagrados. Loisy foi excomungado em 1908.

George Tyrrell – Padre jesuíta irlandês, excomungado em 1907. Tyrrell também defendia a crítica histórica da Bíblia e o desenvolvimento do dogma, o que o colocou em confronto direto com a hierarquia da Igreja. Porém, o protegido de Tyrrell, o jovem padre Pierre Teilhard de Chardin, continuou de onde seu mentor parou, concentrando-se especificamente na integração da teologia católica com as teorias da evolução.

Eduard Le Roy – Filósofo francês, seguidor das ideias de Henri Bergson. Embora não fosse padre, foi um influente defensor do Modernismo e foi criticado pela Igreja por suas ideias sobre a fé e a ciência.

Antonio Fogazzaro – Um escritor e romancista italiano. Embora não fosse teólogo nem padre, ele foi influenciado pelo Modernismo e suas obras foram postas no Index Librorum Prohibitorum.

Louis Duchesne – Historiador francês que, embora não tenha sido formalmente excomungado, suas obras sobre a história da Igreja e sua aplicação de métodos críticos foram condenadas pelo Vaticano.

Henri Bremond-Padre jesuíta francês e historiador. Bremond foi inicialmente parte do movimento modernista, defendendo uma visão mais espiritual da fé, mas acabou por se afastar do catolicismo. Ele foi suspenso de suas funções sacerdotais por volta de 1904-1905 e, embora não tenha sido formalmente excomungado, foi fortemente marginalizado pela Igreja. Sua obra foi censurada por suas inclinações modernistas.

Joseph Turmel-Um padre francês e historiador da Igreja que se tornou um dos mais críticos em relação à ortodoxia católica. Ele publicou muitos de seus escritos sob pseudônimos, defendendo ideias modernistas, como a crítica bíblica e a rejeição de doutrinas tradicionais. Em 1930, ele foi excomungado formalmente pela Igreja Católica.

Alberto Castellani-Teólogo e padre italiano que, assim como Buonaiuti, foi um defensor fervoroso do Modernismo. Castellani foi excomungado em 1925 por sua recusa em se submeter à hierarquia da Igreja e por suas posições teológicas heterodoxas, que desafiavam os ensinamentos tradicionais.

Marcel Hébert-Um filósofo e padre francês que abandonou o sacerdócio devido à sua adesão às ideias modernistas. Ele defendia a necessidade de um pensamento religioso mais racional e filosófico, que estivesse em harmonia com as ciências modernas. Embora não tenha sido formalmente excomungado, Hébert foi censurado e afastado da Igreja.

George Jackson-Um clérigo e teólogo anglicano que simpatizava com o Modernismo e foi fortemente influenciado pelos modernistas católicos, embora não fosse membro da Igreja Católica. Ele não foi excomungado pela Igreja Católica, mas foi criticado dentro do anglicanismo por suas visões teológicas progressistas.

Lucien Laberthonnière-Um filósofo e padre francês, próximo a intelectuais modernistas como Alfred Loisy. Ele foi um defensor da ideia de que o dogma deveria evoluir com o tempo, uma visão que foi condenada como modernista. Embora não tenha sido formalmente excomungado, suas obras foram condenadas pelo Vaticano, e ele foi silenciado e proibido de ensinar.

Charles Maurras-Embora Maurras não fosse modernista, é interessante incluir aqui por sua excomunhão em 1926. Ele foi o líder do movimento político monarquista Action Française e foi excomungado por razões políticas e não teológicas, mas seu caso reflete o amplo alcance das excomunhões na época. Sua excomunhão foi posteriormente revogada em 1939.