O arianismo é uma das heresias mais antigas e significativas na história do cristianismo. Surgiu no século IV e foi promovida por Ário, um presbítero de Alexandria. Aqui estão alguns pontos-chave sobre o arianismo:
Natureza de Cristo: Ário argumentava que Jesus Cristo não era coeterno com Deus Pai. Ele acreditava que Cristo foi criado por Deus e, portanto, tinha um começo no tempo. Isso significava que Cristo não era da mesma substância que o Pai, mas uma criatura exaltada.
Monoteísmo Estrito: Ário defendia um monoteísmo estrito, onde apenas Deus Pai era verdadeiramente eterno e onipotente. Ele via a divindade de Cristo como subordinada à do Pai.
Concílio de Niceia (325 d.C.): O arianismo foi condenado no Primeiro Concílio de Niceia, onde foi afirmado que Cristo é “consubstancial” (da mesma substância) com o Pai. O Credo Niceno foi formulado para refutar as ideias arianas.
Divisões na Igreja: Apesar da condenação oficial, o arianismo continuou a ter seguidores e causou divisões significativas dentro da Igreja. Vários imperadores romanos, incluindo Constâncio II, apoiaram o arianismo em diferentes momentos. Embora o arianismo tenha sido amplamente suprimido, ele teve um impacto duradouro na teologia cristã e nas discussões sobre a natureza de Cristo. A controvérsia ajudou a moldar a doutrina ortodoxa da Trindade, que é central para a maioria das denominações cristãs hoje.
Declínio: Eventualmente, o arianismo perdeu influência, especialmente após o Concílio de Constantinopla em 381 d.C., que reafirmou a condenação do arianismo e solidificou a doutrina da Trindade.
O arianismo foi combatido por várias figuras importantes da Igreja Primitiva, mas o principal opositor foi Santo Atanásio de Alexandria.
Do ponto de vista do movimento ariano, uma data marcante é 319 d.C., quando Ário começou a propagar suas ideias em Alexandria. Este período marcou o início da disseminação do arianismo e a formação de um grupo significativo de seguidores.