Comunhão na mão - Inimagináveis profanações

A prática da comunhão na mão, que permite aos fiéis receberem a Eucaristia diretamente em suas mãos, foi um tema de debate significativo dentro da Igreja Católica. Antes da autorização formal, a comunhão era geralmente recebida na língua, uma prática que remonta aos primeiros séculos do cristianismo. A mudança para permitir a comunhão na mão surgiu em um contexto de renovação litúrgica após o Concílio Vaticano II, que ocorreu entre 1962 e 1965.

Instrução “Memoriale Dómini”

A Instrução “Memoriale Dómini” foi emitida pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos em 28 de maio de 1969. Este documento foi redigido sob o mandato do Papa Paulo VI e aprovado por ele, refletindo sua autoridade apostólica. O objetivo principal da instrução era fornecer diretrizes sobre a recepção da Eucaristia, especialmente no que diz respeito à comunhão na mão.

A instrução permitiu que os bispos das diversas dioceses decidissem se desejavam ou não implementar essa prática em suas regiões.

O fato é que a autorização imprudente da 'comunhão de pé e na mão' pelo Vaticano abriu espaço para uma crescente e flagrante demonstração pública de descrença na presença real e sagrada de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia.

São mais do que conhecidos os abusos que, no mundo inteiro, passaram a acontecer depois que o sacrilégio da comunhão na mão se introduziu: além do fato das mãos leigas não terem sido consagradas para tocar no Santíssimo Sacramento, as parcelas minúsculas limpas nas roupas, caídas no chão; hóstias encontradas na caixa das esmolas, levadas para ritos espíritas, missa negra, etc.

(A Eucaristia, 1965, Gustavo Corção)