O Falso Profeta terá uma religião sem a cruz. Uma religião sem um mundo vindouro. Uma religião para destruir as religiões. Haverá uma falsa igreja. A Igreja de Cristo [a Igreja Católica] será uma delas. E o falso profeta vai criar uma outra. A falsa igreja é mundana, ecumênica e global. Vai ser uma federação de igrejas. E as religiões irão formar um tipo de associação global. Um Parlamento Mundial das Igrejas. Será esvaziada de todo conteúdo divino e será o corpo místico do Anticristo. O corpo místico hoje na Terra terá o seu Judas Iscariotes e será o falso profeta. Satanás o recrutará dentre os nossos bispos.
O Anticristo não será chamado assim porque não teria seguidores. Ele não usará roupas vermelhas, nem vomitará enxofre ou usará um tridente ou uma cauda como Mefistófeles em Fausto. Tais coisas mascararam e ajudaram o diabo a convencer os homens de que ele não existe. Quanto mais não o reconhecem, mas poderoso ele se torna. Deus se definiu como ‘Eu sou quem eu sou’ e o diabo como ‘Eu sou quem eu não sou’.
Em nenhuma passagem das Escrituras, encontramos defesa para a descrição popular do diabo como um palhaço vestido de vermelho. Pelo contrário, ele é descrito como um anjo caído do céu, como ‘o príncipe deste mundo’, cujo legado é nos convencer que não existe outro mundo.
Sua lógica é simples: se não há o céu, também não há inferno; se não há inferno, então não há pecado; se não há pecado, então não há juiz, e se não há nenhum julgamento, então o mal é o bem e o bem é o mal.
Mas, acima de todas essas descrições, Nosso Senhor nos diz que ele será tão parecido com Ele mesmo que seria capaz de enganar até os escolhidos e certamente nenhum diabo descrito pelas imagens humanas seria capaz de enganar até os escolhidos. Então, como ele vai vir nesta nova era para ganhar seguidores para a sua religião?
A crença da Rússia pré-comunista é que ele virá disfarçado como um grande humanista; vai falar de paz, prosperidade e abundância, não como meios para levar-nos a Deus, mas como fins em si mesmo … A terceira tentação com que satanás pediu a Cristo para adorá-lo em troca de todos os reinos do mundo irá tornar-se a tentação de se ter uma nova religião sem a cruz e sem liturgia, sem um mundo futuro, uma religião para destruir uma religião, ou uma política que é uma religião – que também dá a César até mesmo as coisas que são de Deus.
No meio de todo o seu amor aparente pela humanidade e do seu discurso simplista de liberdade e de igualdade, ele ocultará um grande segredo que não será revelado a ninguém: ele não acredita em Deus porque a sua religião será uma fraternidade sem paternidade de Deus e ele vai querer enganar até os escolhidos. Ele vai estabelecer no mundo uma contra-igreja como falsa cópia da Santa Igreja, porque ele, o diabo, é o macaqueador de Deus. Ela terá todos os aspectos e as características da Igreja, mas em sentido inverso e esvaziada do seu conteúdo divino. Terá um corpo místico de Anticristo que exteriormente vai imitar o corpo místico de Cristo… mas o século XX vai se juntar a esta contra-igreja com a alegação de que ela será infalível quando sua cabeça visível falar ex cathedra de Moscou sobre temas como economia e política e como pastor-chefe do comunismo mundial.”
Fulton Sheen. “Communism and the Conscience of the West” tradução Pe. Cléber Eduardo dos Santos Dias. Fonte: http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/22235/Arcebispo-Fulton-Sheen-sobre-o-Apocalipse-e-o-Anticristo
Sobre o autor
Fulton John Sheen, nascido Peter John Sheen (1895 – 1979), foi ordenado sacerdote em 1919 e rapidamente se destacou como teólogo e pregador, tornando-se um dos primeiros televangelistas conhecidos por seu trabalho na televisão e no rádio.
Sheen serviu como auxiliar da Arquidiocese de Nova York de 1951 a 1966 e depois como bispo da Diocese de Rochester até sua renúncia em 1969. Após sua renúncia, ele foi nomeado arcebispo da sé titular de Newport, País de Gales. Embora tenha sido uma figura proeminente na Igreja Católica e tenha recebido muitos reconhecimentos, incluindo dois prêmios Emmy por suas contribuições à televisão religiosa, ele nunca recebeu a promoção ao cardinalato.
A causa para a canonização de Fulton J. Sheen foi oficialmente aberta em 2002, e ele foi declarado “Venerável” em 2012 pelo Papa Bento XVI após ser reconhecido por viver uma vida de “virtudes heroicas”. Em julho de 2019, um milagre atribuído à sua intercessão foi aprovado pelo Papa Francisco, abrindo caminho para sua beatificação.
Sobre o autor
Fulton John Sheen, nascido Peter John Sheen (1895 – 1979), foi ordenado sacerdote em 1919 e rapidamente se destacou como teólogo e pregador, tornando-se um dos primeiros televangelistas conhecidos por seu trabalho na televisão e no rádio.
Sheen serviu como auxiliar da Arquidiocese de Nova York de 1951 a 1966 e depois como bispo da Diocese de Rochester até sua renúncia em 1969. Após sua renúncia, ele foi nomeado arcebispo da sé titular de Newport, País de Gales. Embora tenha sido uma figura proeminente na Igreja Católica e tenha recebido muitos reconhecimentos, incluindo dois prêmios Emmy por suas contribuições à televisão religiosa, ele nunca recebeu a promoção ao cardinalato.
A causa para a canonização de Fulton J. Sheen foi oficialmente aberta em 2002, e ele foi declarado “Venerável” em 2012 pelo Papa Bento XVI após ser reconhecido por viver uma vida de “virtudes heroicas”. Em julho de 2019, um milagre atribuído à sua intercessão foi aprovado pelo Papa Francisco, abrindo caminho para sua beatificação.