A Capitulação de Leão XIV à Agenda Globalista da ONU


O discurso do Papa Leão XIV, conforme relatado, é preocupante por sua aparente adesão acrítica à Agenda 2030 e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Esses conceitos, embora apresentados com linguagem atraente como “inclusão social” e “desenvolvimento sustentável”, têm raízes em ideologias seculares que frequentemente conflitam com a doutrina católica. A Agenda 2030, promovida por organismos internacionais, é permeada por uma visão humanista que prioriza o progresso material e a igualdade utilitarista, muitas vezes ignorando a primazia da alma, a lei natural e a ordem sobrenatural estabelecida por Deus. A referência à Encíclica Laudato Si’ como base para esses ideais apenas reforça a suspeita de que o discurso se alinha com uma teologia modernista, que dilui a missão da Igreja em prol de uma agenda ecológica e social de cunho secular.

Leão XIV, ao exaltar a “unidade universal” e a “casa comum”, parece ecoar um sincretismo que minimiza a singularidade da Igreja Católica como única via de salvação. A verdadeira unidade da humanidade, conforme ensina a Igreja tradicional, só pode ser alcançada em Cristo, por meio da conversão e da adesão à verdadeira fé, não por meio de projetos globalistas que frequentemente promovem ideologias contrárias à moral católica, como o controle populacional ou a relativização dos valores cristãos. A citação do Beato Paulo VI, embora possa soar piedosa, é problemática, dado que seu pontificado abriu portas para o modernismo pós-Vaticano II, que comprometeu a clareza doutrinária da Igreja.

Além disso, a ênfase na formação de “profissionais voltados para o bem comum” soa como uma capitulação ao pragmatismo secular, onde a educação católica é reduzida a um instrumento de engenharia social, em vez de ser um meio de santificação e transmissão da fé integral. A ausência de uma crítica explícita aos perigos espirituais da Agenda 2030, como sua promoção de valores anticristãos em áreas como família e moral, é um silêncio ensurdecedor. Como católicos, devemos rejeitar qualquer colaboração com iniciativas que, sob o véu da caridade, minam a soberania de Cristo Rei.

O texto da InfoVaticana acerta ao sugerir discernimento, mas é tímido em sua crítica. A Igreja não deve se curvar a agendas mundanas, mas proclamá-las como insuficientes à luz da Revelação. O discurso de Leão XIV, ao invés de confrontar os erros do mundo, parece abraçá-los com entusiasmo, o que é incompatível com a missão de um pastor católico. Como disse São Pio X, “o verdadeiro progresso não consiste em seguir as modas do mundo, mas em conformar o mundo a Cristo”. Este discurso, infelizmente, parece caminhar na direção oposta.

Referência

InfoVaticana. (2025, May 29). Papa León XIV: Agenda 2030, discurso. Recuperado de https://infovaticana.com/2025/05/29/papa-leon-xiv-agenda-2030-discurso/