A acusação de “duplipensar orwelliano” lançada no artigo “Resumo Semanal de Notícias 11 de Junho de 2025” da Catholic Family News contra o Vaticano é um libelo contra a incoerência da Igreja pós-Vaticano II. A frase central, “O duplipensar orwelliano da Igreja moderna é evidente na promoção da unidade enquanto se tomam decisões que aprofundam as divisões entre os fiéis,” expõe uma ferida aberta: a contradição entre o discurso de unidade universal e as ações que fragmentam a fé católica.
O conceito de “duplipensar”, tirado das páginas sombrias de 1984 de George Orwell, descreve a habilidade de sustentar duas crenças opostas como verdadeiras, sem reconhecer a contradição. No contexto do Vaticano moderno, essa prática é escancarada. A Igreja conciliar proclama o Jubileu de 2025 como um momento de comunhão universal, mas suas ações — da escolha de palestrantes modernistas à politização de sermões — semeiam discórdia entre os fiéis que clamam pela tradição. Essa duplicidade não é um erro administrativo, mas um sintoma de uma crise doutrinária que remonta ao Concílio Vaticano II, cuja abertura ao mundo sacrificou a clareza da fé por uma ambiguidade corrosiva.
Considere a remoção das imagens de Marko Rupnik do site oficial do Vaticano, destacada no artigo. Esse gesto, apresentado como uma concessão às vítimas de abusos, é, na verdade, uma admissão tardia de culpa institucional. Por anos, o Vaticano protegeu a reputação de Rupnik, um jesuíta acusado de crimes graves, enquanto suas obras adornavam plataformas oficiais. A retirada, embora bem-vinda, não apaga a negligência inicial, que revela a prioridade da Igreja conciliar: preservar sua imagem pública acima da justiça e da verdade. Essa hesitação é um exemplo perfeito de duplipensar: proclamar a defesa dos vulneráveis enquanto se protege, mesmo que indiretamente, os perpetradores.
A escolha de Irmã Maria Gloria Riva para discursar ao Papa Leão XIV é outro golpe contra os fiéis tradicionalistas. Associada a movimentos carismáticos e a uma teologia que flerta com o modernismo, sua presença em um evento papal é um endosso implícito de inovações que contrariam a ortodoxia católica. Enquanto o Vaticano exalta a “unidade” no Jubileu, promove figuras que representam tudo o que os tradicionalistas rejeitam: uma fé diluída, desprovida da majestade da liturgia tridentina e da firmeza doutrinária pré-Vaticano II. Essa decisão não une; ela divide, alienando aqueles que buscam a verdadeira Igreja de sempre.
O sermão de Pentecostes do Papa Leão XIV, que condena o nacionalismo em conexão com o conflito Israel-Palestina, é mais uma prova da deriva conciliar. A Igreja, cuja missão é guiar almas à salvação, não tem competência para se envolver em disputas geopolíticas. Ao fazê-lo, o Papa não apenas desvia o foco da verdade espiritual, mas também antagoniza fiéis que veem no nacionalismo uma expressão legítima de identidade cultural. Proclamar unidade enquanto se toma partido em questões seculares é duplipensar puro: a Igreja conciliar quer ser um farol espiritual, mas se comporta como uma ONG, sacrificando sua autoridade moral no altar da relevância contemporânea.
A acusação de “mentiras jesuítas” no livro Catholic Fundamentalism in America de Mark S. Massa é um ataque direto à manipulação intelectual promovida por setores do Vaticano. A Companhia de Jesus, há muito tempo infiltrada por ideias modernistas, é vista como uma força que reescreve a história católica para justificar as reformas pós-conciliares. Essa obra, segundo o artigo, distorce a verdade sobre o catolicismo tradicional, apresentando-o como retrógrado. O Vaticano, ao tolerar tais narrativas, endossa uma visão que desvaloriza a fé de séculos, traindo os fiéis que se apegam à doutrina imutável. Aqui, o duplipensar se manifesta na coexistência de uma Igreja que venera sua história enquanto permite sua reescrita.
O duplipensar orwelliano não é um fenômeno isolado; é o cerne da crise da Igreja pós-Vaticano II. Os fiéis devem rejeitar essa farsa conciliar e retornar à fé de seus antepassados. A Igreja de Cristo não é uma instituição que se curva às modas do mundo, mas uma rocha inabalável de verdade. Enquanto o Vaticano persistir em seu duplipensar, proclamando unidade enquanto semeia divisão, os católicos fiéis devem permanecer firmes na tradição, confiando que a verdade.