Reforma Litúrgica: O Concílio promoveu uma reforma radical da liturgia, que incluía a celebração da Missa no vernáculo (língua local) em vez do latim, o que tornou o culto mais acessível aos fiéis. A reforma litúrgica representou uma mudança significativa, alterando práticas que haviam permanecido quase inalteradas por séculos.
Mudança na Visão da Igreja: O Concílio alterou a compreensão eclesiológica da Igreja, passando de uma estrutura rígida e hierárquica para uma visão mais inclusiva e comunitária. O documento "Lumen Gentium" redefiniu a Igreja como "o povo de Deus", enfatizando a participação de todos os batizados (leigos e clérigos) na missão da Igreja, desafiando a centralização do poder no clero e no Vaticano.
Diálogo com o Mundo Moderno: O Vaticano II promoveu uma abertura ao diálogo com o mundo moderno, adotando uma abordagem mais pastoral e menos dogmática em documentos como "Gaudium et Spes" (Constituição Pastoral sobre a Igreja no Mundo Moderno). Esta nova atitude foi uma "revolução" na maneira como a Igreja se relacionava com o mundo, com outras religiões e com a sociedade secular.
Ecumenismo: Outro aspecto revolucionário foi a promoção do ecumenismo e do diálogo inter-religioso. O documento "Unitatis Redintegratio" (Decreto sobre o Ecumenismo) incentivou o respeito e o diálogo com outras denominações cristãs, uma postura que marcou uma ruptura em relação à exclusividade eclesial do passado.
Yves Congar sobre o "Sistema" da Igreja Desintegrado pelo Concílio:
Flexibilização do Magistério: Antes do Concílio, o magistério da Igreja (autoridade de ensinar) era altamente centralizado e rígido, especialmente sob o papado de Pio XII, que era conhecido por manter um forte controle sobre a doutrina, frequentemente através de censuras e proibições de escritos teológicos. O Vaticano II relaxou essas restrições, permitindo uma maior diversidade teológica e liberdade de discussão dentro da Igreja.
Descentralização do Poder: A centralização do poder em Roma foi desafiada pelo Vaticano II. O Concílio promoveu uma maior autonomia para as conferências episcopais (reuniões regionais de bispos), incentivando um maior envolvimento local e regional nas decisões e na governança da Igreja, o que significava um enfraquecimento do controle direto do Vaticano sobre todos os aspectos da vida eclesial.
Reavaliação do Direito Canônico: O direito canônico, que havia sido codificado de maneira rigorosa em 1917, começou a ser revisado após o Concílio. Essa revisão culminou no novo Código de Direito Canônico de 1983, que refletiu uma visão mais pastoral e menos jurídica da vida e disciplina da Igreja.
Liberdade de Consciência e Direitos Humanos: O Concílio, por meio da "Dignitatis Humanae" (Declaração sobre a Liberdade Religiosa), reconheceu a liberdade de consciência e a dignidade de cada pessoa em escolher sua própria fé, algo que contrastava com o "sistema" anterior, que havia promovido uma visão mais autoritária e menos tolerante da liberdade religiosa.
Redução da Vigilância Doutrinária: A menção de Congar a "chamados à ordem", "submissão de escritos a censuras romanas", etc., refere-se ao rígido controle doutrinário antes do Vaticano II, que incluía, por exemplo, o Índice de Livros Proibidos e o monitoramento de teólogos considerados suspeitos. O Concílio, ao incentivar o diálogo teológico e a abertura, diminuiu significativamente essa vigilância estrita.
Flexibilização do Magistério: Antes do Concílio, o magistério da Igreja (autoridade de ensinar) era altamente centralizado e rígido, especialmente sob o papado de Pio XII, que era conhecido por manter um forte controle sobre a doutrina, frequentemente através de censuras e proibições de escritos teológicos. O Vaticano II relaxou essas restrições, permitindo uma maior diversidade teológica e liberdade de discussão dentro da Igreja.
Descentralização do Poder: A centralização do poder em Roma foi desafiada pelo Vaticano II. O Concílio promoveu uma maior autonomia para as conferências episcopais (reuniões regionais de bispos), incentivando um maior envolvimento local e regional nas decisões e na governança da Igreja, o que significava um enfraquecimento do controle direto do Vaticano sobre todos os aspectos da vida eclesial.
Reavaliação do Direito Canônico: O direito canônico, que havia sido codificado de maneira rigorosa em 1917, começou a ser revisado após o Concílio. Essa revisão culminou no novo Código de Direito Canônico de 1983, que refletiu uma visão mais pastoral e menos jurídica da vida e disciplina da Igreja.
Liberdade de Consciência e Direitos Humanos: O Concílio, por meio da "Dignitatis Humanae" (Declaração sobre a Liberdade Religiosa), reconheceu a liberdade de consciência e a dignidade de cada pessoa em escolher sua própria fé, algo que contrastava com o "sistema" anterior, que havia promovido uma visão mais autoritária e menos tolerante da liberdade religiosa.
Redução da Vigilância Doutrinária: A menção de Congar a "chamados à ordem", "submissão de escritos a censuras romanas", etc., refere-se ao rígido controle doutrinário antes do Vaticano II, que incluía, por exemplo, o Índice de Livros Proibidos e o monitoramento de teólogos considerados suspeitos. O Concílio, ao incentivar o diálogo teológico e a abertura, diminuiu significativamente essa vigilância estrita.
Revolução do Papa João XXIII:
Segundo Marsaudon, citado por Suenens, o Concílio Vaticano II foi a "revolução que João XXIII queria". O Papa João XXIII, ao convocar o Concílio, tinha como intenção atualizar a Igreja para que ela pudesse melhor responder aos desafios do mundo moderno.
Contexto e Fatos Explicativos:
"Aggiornamento" (Atualização): João XXIII usou o termo "aggiornamento" para descrever seu objetivo de renovar a Igreja, tornando-a mais relevante e acessível no contexto contemporâneo. Essa atualização incluía reformas em práticas litúrgicas, uma nova abordagem pastoral, e um diálogo mais aberto com a sociedade moderna.
Uma Igreja Pastoral e não Politizada: João XXIII queria que o Concílio se concentrasse em questões pastorais, em vez de reforçar a luta contra o comunismo ou reafirmar a autoridade política da Igreja. Ele desejava uma "Igreja pobre e para os pobres", mais humilde e menos interessada em exercer poder temporal.