O Americanismo criticava a constituição tradicional da Igreja, argumentando que o futuro pertencia às democracias e que a liberdade tinha um poder mágico sobre os espíritos. Os americanistas acreditavam que a Igreja deveria deixar de ser uma religião de autoridade e se tornar uma religião de liberdade, semelhante ao protestantismo. Eles também defendiam a revisão dos valores espirituais, priorizando virtudes ativas como energia na ação e apostolado externo, em vez das virtudes passivas da Idade Média, como humildade e obediência. Para os americanistas, o importante era o aperfeiçoamento natural do homem e não a vida sobrenatural. A religião dos americanistas era uma “religião da humanidade enxertada no Cristianismo”, focada mais em salvar a sociedade do que os indivíduos, oferecendo o aperfeiçoamento social como recompensa em vez do Paraíso. O espírito americanista também inspirava um ecumenismo que ignorava diferenças dogmáticas em prol da “união no amor” e nivelava todas as religiões. A formação clerical era criticada por ser excessivamente religiosa e insuficientemente humana, sugerindo que os seminários deveriam ensinar mais sociologia e economia.
Liberdade Individual: A ênfase na liberdade individual era compatível com os valores democráticos americanos e poderia atrair mais pessoas para a fé católica.
Separação entre Igreja e Estado: A separação entre Igreja e Estado era vista como uma maneira de garantir a liberdade religiosa e evitar a interferência do governo nos assuntos da Igreja.
Modernização da Igreja: A adaptação dos ensinamentos e práticas da Igreja às novas condições sociais e culturais era necessária para manter a relevância do catolicismo em um mundo em rápida mudança.
Evangelização: A abordagem mais flexível e adaptável do americanismo era considerada eficaz para a evangelização e para alcançar um público mais amplo.
Os principais representantes do Americanismo
Fundador da Congregação dos Paulistas (Paulist Fathers) em 1858, Hecker foi uma figura central no movimento americanista. Ele defendia uma Igreja mais adaptada ao espírito americano, com menos ênfase nos votos religiosos tradicionais e mais foco na ação e no apostolado externo.
Cardeal James Gibbons: Arcebispo de Baltimore e Primaz dos Estados Unidos, Gibbons foi um dos destinatários da carta Testem Benevolentiae do Papa Leão XIII, que condenou o Americanismo.
Modernismo
Início do século XX: Movimento artístico e cultural que rejeita o pensamento iluminista e busca representar melhor a realidade em um mundo industrializado.
1910-1935: Período central do modernismo americano, com forte influência na arte, literatura, música, cinema, design e arquitetura.
Condenação pelo Papa Pio X: O modernismo é condenado pela Igreja Católica, sendo visto como uma continuação dos erros do americanismo.