A recente produção de Sancta na Ópera de Stuttgart, dirigida por Florentina Holzinger, provocou fortes críticas conservadoras, especialmente devido aos seus elementos provocativos, incluindo conteúdo sexual gráfico, nudez e cenas de violência. A ópera, baseada na peça Sancta Susanna de Paul Hindemith, de 1920, reinterpreta os temas do celibato e da luxúria no cristianismo. A versão de Holzinger vai além ao incorporar piercings ao vivo, freiras patinadoras e atos sexuais lésbicos explícitos. Críticos, especialmente de setores religiosos, condenaram a produção como uma "paródia desrespeitosa" da missa católica, com líderes como o arcebispo Franz Lackner e o bispo Hermann Glettler denunciando-a como ofensiva aos rituais sagrados centrais à fé cristã.
Vozes conservadoras argumentam que essa releitura moderna mina a reverência religiosa, transformando cerimônias sagradas em espetáculos de choque e blasfêmia. Para muitos espectadores, o uso controverso de sangue real, nudez e violência não foi apenas perturbador, mas também visto como uma afronta intencional às sensibilidades católicas. O escândalo em torno da ópera se intensificou quando 18 membros da plateia supostamente ficaram doentes devido às cenas gráficas, alimentando ainda mais a indignação entre os críticos que veem a performance como provocativa gratuitamente, em vez de artisticamente significativa.
Esse tipo de performance de vanguarda levanta questões sobre os limites da arte e o respeito às tradições religiosas. Enquanto os apoiadores argumentam que ela desafia os papéis tradicionais de gênero e explora temas reprimidos, os críticos conservadores a veem como um ataque aos valores religiosos e às normas culturais.
Fontes 1, 2