Spíritus Dómini replévit orbem terrárum, allelúia... O Espírito do Senhor encheu todo o universo, aleluia. É Ele que contém todas as coisas, e tem a ciência da palavra, aleluia, aleluia, aleluia. Sl. Levante-se Deus, e sejam dispersos os seus inimigos; e fujam de sua Face os que O odeiam.
Epístola (At 8, 5-8)
Naqueles dias, Filipe desceu à cidade de Samaria, e ali pregou o Cristo. As turbas eram atentas ao que Filipe ensinava, escutando-o de comum acordo e vendo os milagres que realizava. Porque os espíritos impuros saíam de muitos daqueles que os possuíam, com altos gritos. Muitos paralíticos e coxos ficaram também curados, e por isso havia grande regozijo naquela cidade.
Evangelho (Lc 9, 1-6)
Naquele tempo, reuniu Jesus os doze discípulos, e conferiu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, assim como o dom de curar doenças. Depois mandou-os pregar o Reino de Deus e curar os doentes. E Ele lhes disse: Nada leveis nos caminhos, nem cajado, nem bolsa, nem pão ou dinheiro e não tenhais mais que uma túnica. Em qualquer casa que entrardes, aí permanecei e não vos retireis dela. E quando não vos receberem, deixando esta cidade, sacudi a poeira de vossos pés, em testemunho contra eles. Partiram, pois, os discípulos e percorriam as aldeias, anunciando o Evangelho e realizando curas por toda a parte.
Homilias e Explicações Teológicas
A celebração de Pentecostes revela a força vivificante do Espírito Santo, que desce sobre os apóstolos para capacitá-los a proclamar a verdade divina, unindo os povos em uma só fé. O Introito (Sl 26) expressa a confiança do justo que clama ao Senhor, cuja face busca, significando que o Espírito ilumina o coração para reconhecer a Deus como refúgio, guiando os fiéis à intimidade com o Criador (Santo Agostinho, Enarrationes in Psalmos, 26). A Epístola (At 8, 5-8) mostra a ação do Espírito na pregação de Filipe, que converte os samaritanos, indicando que a graça divina não se limita a um povo, mas se estende a todos, purificando as almas para a unidade na Igreja (São Cirilo de Alexandria, Comentário sobre os Atos dos Apóstolos). O Evangelho (Lc 9, 1-6) apresenta os discípulos enviados por Cristo com autoridade para curar e pregar, uma missão que antecipa o dom de Pentecostes, onde o Espírito confere poder para enfrentar as adversidades com desprendimento e confiança na providência divina (São Gregório Magno, Homiliae in Evangelia, 4). Assim, Pentecostes não é apenas um evento, mas a perpetuação da missão divina que fortalece os fiéis para viverem e proclamarem o Reino com coragem e caridade (São Leão Magno, Sermões sobre Pentecostes).
Comparação com os Demais Evangelhos
O Evangelho de Lucas 9, 1-6, que narra o envio dos doze apóstolos para pregar e curar, difere dos relatos paralelos nos outros Evangelhos por sua ênfase no desprendimento material e na confiança absoluta na providência. Em Mateus 10, 5-15, a missão é inicialmente restrita aos judeus, com instruções detalhadas sobre a rejeição da mensagem, enquanto Lucas omite essa restrição, sugerindo uma universalidade que se alinha com o espírito de Pentecostes. Marcos 6, 7-13 destaca que os discípulos expulsavam demônios e ungiam enfermos com óleo, um detalhe ausente em Lucas, que foca mais na pregação do Reino. João não apresenta um envio paralelo, mas em João 20, 21-23, Cristo concede o Espírito aos discípulos para perdoar pecados, complementando a missão lucana com a dimensão sacramental do poder conferido. Assim, Lucas enfatiza a simplicidade e a urgência da missão, enquanto os outros Evangelhos adicionam nuances sobre o alcance, os sinais e a autoridade espiritual.
O Evangelho de Lucas 9, 1-6, que narra o envio dos doze apóstolos para pregar e curar, difere dos relatos paralelos nos outros Evangelhos por sua ênfase no desprendimento material e na confiança absoluta na providência. Em Mateus 10, 5-15, a missão é inicialmente restrita aos judeus, com instruções detalhadas sobre a rejeição da mensagem, enquanto Lucas omite essa restrição, sugerindo uma universalidade que se alinha com o espírito de Pentecostes. Marcos 6, 7-13 destaca que os discípulos expulsavam demônios e ungiam enfermos com óleo, um detalhe ausente em Lucas, que foca mais na pregação do Reino. João não apresenta um envio paralelo, mas em João 20, 21-23, Cristo concede o Espírito aos discípulos para perdoar pecados, complementando a missão lucana com a dimensão sacramental do poder conferido. Assim, Lucas enfatiza a simplicidade e a urgência da missão, enquanto os outros Evangelhos adicionam nuances sobre o alcance, os sinais e a autoridade espiritual.
Comparação com Textos de São Paulo
Em 1 Coríntios 9, 16-18, Paulo descreve sua pregação como uma necessidade imposta por Deus, sem buscar recompensas materiais, reforçando a dependência da providência destacada em Lucas. Em Efésios 4, 11-12, Paulo enfatiza que o Espírito concede dons diversos para edificar a Igreja, complementando a autoridade dada por Cristo em Lucas com a ideia de uma comunidade estruturada por ministérios variados. Romanos 10, 14-15 destaca a necessidade de pregadores enviados, ecoando a missão apostólica, mas adiciona a importância da fé que vem pelo ouvir, um aspecto implícito em Lucas. Já em 2 Coríntios 12, 12, Paulo menciona os sinais e prodígios que autenticam o apostolado, detalhando os milagres apenas sugeridos em Lucas. Assim, Paulo amplia a compreensão da missão com a diversidade de carismas e a centralidade da fé.
Em 1 Coríntios 9, 16-18, Paulo descreve sua pregação como uma necessidade imposta por Deus, sem buscar recompensas materiais, reforçando a dependência da providência destacada em Lucas. Em Efésios 4, 11-12, Paulo enfatiza que o Espírito concede dons diversos para edificar a Igreja, complementando a autoridade dada por Cristo em Lucas com a ideia de uma comunidade estruturada por ministérios variados. Romanos 10, 14-15 destaca a necessidade de pregadores enviados, ecoando a missão apostólica, mas adiciona a importância da fé que vem pelo ouvir, um aspecto implícito em Lucas. Já em 2 Coríntios 12, 12, Paulo menciona os sinais e prodígios que autenticam o apostolado, detalhando os milagres apenas sugeridos em Lucas. Assim, Paulo amplia a compreensão da missão com a diversidade de carismas e a centralidade da fé.
Comparação com Documentos da Igreja
O Missal Romano (1962) para Pentecostes destaca a efusão do Espírito como o cumprimento da promessa de Cristo, que capacita os apóstolos para a missão universal, detalhando a unidade da Igreja como fruto do Espírito, um tema implícito em Lucas. O Catecismo de Trento (Parte IV, sobre a Oração) liga a confiança na providência, expressa no envio dos apóstolos sem bens materiais, à virtude da esperança, que sustenta a missão evangelizadora. A encíclica Rerum Ecclesiae (1926) de Pio XI reforça a urgência da missão apostólica, chamando os fiéis a propagar a fé sem apego aos bens terrenos, ecoando a simplicidade exigida por Cristo em Lucas. Por fim, a Denzinger (n. 179, Concílio de Trento) sublinha a autoridade conferida aos apóstolos para ensinar, um poder que se perpetua na Igreja, complementando a missão inicial descrita no Evangelho. Esses documentos aprofundam a dimensão eclesial e espiritual da missão pentecostal.
O Missal Romano (1962) para Pentecostes destaca a efusão do Espírito como o cumprimento da promessa de Cristo, que capacita os apóstolos para a missão universal, detalhando a unidade da Igreja como fruto do Espírito, um tema implícito em Lucas. O Catecismo de Trento (Parte IV, sobre a Oração) liga a confiança na providência, expressa no envio dos apóstolos sem bens materiais, à virtude da esperança, que sustenta a missão evangelizadora. A encíclica Rerum Ecclesiae (1926) de Pio XI reforça a urgência da missão apostólica, chamando os fiéis a propagar a fé sem apego aos bens terrenos, ecoando a simplicidade exigida por Cristo em Lucas. Por fim, a Denzinger (n. 179, Concílio de Trento) sublinha a autoridade conferida aos apóstolos para ensinar, um poder que se perpetua na Igreja, complementando a missão inicial descrita no Evangelho. Esses documentos aprofundam a dimensão eclesial e espiritual da missão pentecostal.
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