Missa S. Silvério, Papa e mártir, exceto a Epístola
Nascido em Frosinone, Itália, filho do Papa Hormisdas, São Silvério viveu em uma era tumultuada, marcada por conflitos entre o Império Bizantino e os godos. Eleito Papa em 1º de junho de 536, assumiu o pontificado como subdiácono, um cargo humilde, sob a imposição do rei Teodato, apesar da oposição de muitos. Seu governo durou pouco mais de um ano, até sua deposição em 537, orquestrada pela imperatriz Teodora, que favorecia o antipapa Virgílio. Exilado inicialmente em Patara, na Ásia, e depois na ilha de Palmaria (Ponza), Silvério sofreu privações e humilhações, abdicando em novembro de 537 e falecendo em 2 de dezembro do mesmo ano, sendo venerado como mártir por sua firmeza na fé. São Silvério, com coração ardente pela verdade, defendeu a fé católica contra as investidas da heresia monofisita, que negava a plena divindade de Cristo. Enfrentando a imperatriz Teodora, recusou-se a restaurar o bispo herético Antimo, mantendo a pureza da doutrina mesmo sob ameaça. No exílio, sua alma permaneceu inabalável, excomungando o usurpador Virgílio e promulgando leis sábias para a Igreja, mesmo em meio a sofrimentos. Sua vida foi um testemunho de resistência à tirania, mostrando que a verdadeira autoridade do pastor repousa na humildade e na fidelidade a Cristo, cuja verdade é escudo contra as tempestades do mundo.
Epístola (Judas 17-21)
Caríssimos: Lembrai-vos das palavras que foram preditas pelos Apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais vos diziam que, no fim dos tempos, viriam zombadores, que andariam segundo os seus desejos, em impiedades. Estes são os que causam divisões, homens naturais, que não possuem o Espírito. Vós, porém, caríssimos, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna.