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26 JULHO - S. ANA, Mãe de Nossa Senhora


Santa Ana, venerada como esposa exemplar e mãe dedicada, é celebrada como a mãe da Virgem Maria e avó de Jesus Cristo. Embora as Escrituras não mencionem diretamente sua vida, a tradição cristã, especialmente a partir do Protoevangelho de Tiago (século II), relata sua piedade e fé inabalável. Casada com São Joaquim, enfrentou a provação da infertilidade até receber, pela graça divina, a bênção de conceber Maria. Sua vida é um testemunho de confiança em Deus e de virtude familiar, sendo venerada desde os primeiros séculos na Igreja Oriental e, a partir do século VIII, no Ocidente. Em 1554, o Papa Gregório XIII instituiu sua festa na Igreja Ocidental, reconhecendo sua importância como modelo de santidade doméstica.

Introito (-| Sl 44, 2)
Gaudeámus omnes in Dómino, diem festum celebrántes sub honóre beátæ Annæ... Alegremo-nos todos no Senhor, festejando este dia em honra de Sant’Ana, por cuja solenidade se alegram os Anjos e louvam o Filho de Deus. Sl. Exulta o meu coração em alegre canto; ao Rei dedico as minhas obras.

Epístola (Prov 31, 10-31)
A mulher forte, quem a encontrará? É como um tesouro que vem de longe, dos últimos confins da terra. Nela confia o coração de seu marido, e nunca lhe faltará o ganho. Ela lhe fará o bem, e nada de mal, em todos os dias de sua vida. Ocupa-se com a lã e o linho e trabalha com a destreza de suas mãos. É como o navio do negociante, que traz de longe o seu pão. Levanta-se quando ainda é noite, e distribuí o alimento por seus domésticos e os víveres por suas criadas. Procura um campo e compra-o; planta uma vinha com o ganho de suas mãos. Cinge os seus rins de força, e torna fortes os seus braços. Experimenta, e vê que o seu negócio é bom, e a sua lâmpada não se apagará à noite. Deita as suas mãos em trabalhos rudes, e os seus dedos pegam no fuso. Abre a sua mão ao necessitado e estende os seus braços para o pobre. Não receará para a sua família os rigores do frio e da neve, porque todos os seus domésticos têm roupa em duplo. Fabricou para si um manto espesso; vestiu-se de linho finíssimo e de púrpura. Seu marido será ilustre quando se assentar às portas da cidade, com os anciãos da terra. Tece uma túnica de linho e vende-a; e entrega um cinto ao negociante cananeu. A força e o decoro são os seus adornos, e, risonha, verá o seu último dia. Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da clemência está em sua língua. Examina as veredas de sua casa, e não come o pão na ociosidade. Levantam-se os seus filhos e proclamam-na ditosíssima. Seu marido também a enalteceu, dizendo: Muitas filhas ajuntaram riquezas; tu excedeste a todas. A graça é enganadora e a formosura é vã; mas a mulher que teme o Senhor, essa é que será louvada. Dai-lhe o fruto de suas mãos; e as suas obras a elogiem, às portas da cidade.

Evangelho (Lc 7, 11-16)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos esta parábola: O Reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. Quem o encontra o esconde, e contente com o achado, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo. — O Reino dos céus é também semelhante a um mercador que procurava belas pérolas, e tendo achado uma de grande valor, foi-se, vendeu tudo o que tinha, e comprou a pérola. O Reino dos céus é ainda semelhante a uma rede, que lançada ao mar, colheu peixes de toda a espécie. Quando estava cheia, os pescadores a puxaram para a praia, e sentados ali, escolheram os bons peixes para os vasos, e lançaram fora os ruins Assim será no fim do mundo. Virão os Anjos e separarão os maus do meio dos Justos, e os lançarão na fornalha de fogo. E ali haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo isto? Responderam-Lhe: Sim. E Ele continuou: Por esta razão todo escriba instruído no Reino dos céus é semelhante a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas.

Reflexões
A alegria do Introito reflete a harmonia celestial que celebra a mãe de Maria, cuja vida foi um reflexo da sabedoria divina, unindo a criação ao Criador por meio de sua descendência. A santidade de Ana não se limita à sua maternidade, mas à sua entrega total à vontade de Deus, que a tornou um vaso de graça para a salvação do mundo. (Santo Agostinho, Sermo 51)

A Epístola exalta a mulher forte, cuja força reside na humildade e na caridade, virtudes que Ana encarnou ao preparar Maria para sua missão singular. Sua vida de trabalho e oração foi um sacrifício vivo, antecipando o fiat de sua filha. (Santo Ambrósio, De Virginibus, Livro II)

O Evangelho apresenta o Reino dos céus como um tesouro escondido, que exige renúncia total para ser possuído. Ana, ao viver para a glória de Deus e não para si, encontrou esse tesouro na simplicidade de sua vocação, tornando-se um canal da graça divina. (Santo Hilário de Poitiers, Comentário sobre Mateus, 13)

O Evangelho de Mateus (13, 44-52) fala do Reino como um tesouro e uma pérola de grande valor, enfatizando a necessidade de renunciar a tudo para obtê-lo. Em Lucas 14, 25-33, Jesus reforça que seguir o Reino exige abandonar até os laços familiares, complementando a ideia de que a busca pelo tesouro divino, como Ana fez, envolve desapego radical.

Em João 6, 27, Jesus exorta a buscar o “alimento que permanece para a vida eterna”, destacando que o Reino não é apenas um achado momentâneo, mas uma realidade eterna que exige perseverança, um aspecto implícito na vida de Ana, que preparou Maria com paciência e fé.

A parábola do tesouro e da pérola no Evangelho sugere um ato único de escolha e renúncia. Em Filipenses 3, 7-8, Paulo declara que considerou tudo como perda por causa de Cristo, complementando a ideia de que o Reino exige uma entrega contínua, não apenas um momento de decisão, como Ana viveu em sua dedicação constante.

Em 1 Coríntios 2, 9, Paulo fala das coisas que “Deus preparou para aqueles que o amam”, que superam a compreensão humana. Isso amplia a visão do Evangelho, sugerindo que o tesouro do Reino, que Ana encontrou em sua vocação, é uma realidade que transcende o visível.

O Evangelho destaca a busca ativa pelo Reino. O Didaquê (cap. 1, c. 100-150) exorta os cristãos a viverem em constante vigilância e caridade, complementando a ideia de que o Reino, como Ana o viveu, exige uma vida de virtudes práticas e não apenas contemplação.

A Constituição Apostólica Munificentissimus Deus (1950) de Pio XII, ao definir a Assunção de Maria, implica que a santidade de Ana, como mãe de Maria, foi um reflexo da graça que preparou o caminho para a Mãe de Deus, enfatizando sua cooperação com o plano divino, um aspecto não explicitado no Evangelho.

10 JULHO - SS. SETE IRMÃOS, Mártires e SS. RUFINA E SECUNDA, Virgens e Mártires


Os Sete Irmãos, filhos de Santa Felicidade, e as virgens Rufina e Secunda são mártires do início do cristianismo, com seus martírios datados do século II, durante as perseguições aos cristãos no Império Romano. Os Sete Irmãos sofreram o martírio em Roma, aproximadamente em 150 d.C., quatro meses antes de sua mãe, Santa Felicidade, que os encorajou a permanecerem firmes na fé. Rufina e Secunda, por sua vez, foram martirizadas também em Roma, no mesmo período, por sua fidelidade à fé cristã e à virgindade. Não há registros precisos de suas datas de nascimento ou de outros eventos específicos de suas vidas, mas a memória litúrgica de 10 de julho, conforme o rito tridentino, celebra o testemunho heroico de sua entrega total a Cristo. "Considerai, irmãos, a constância dos santos mártires, cuja memória hoje celebramos. Os Sete Irmãos, filhos de uma mãe tão piedosa quanto heroica, Santa Felicidade, não temeram as ameaças dos tiranos nem se curvaram diante dos ídolos. Animados pela mãe, que os precedeu no martírio, ofereceram suas vidas com alegria, mostrando que o amor a Cristo supera todas as dores temporais. Igualmente, as virgens Rufina e Secunda, com sua pureza e coragem, preferiram a morte à traição de sua fé e castidade. Ó quão glorioso é o exemplo destes santos, que nos ensinam que a verdadeira vitória está em perseverar até o fim! Não é a força do corpo, mas a do espírito, sustentada pela graça, que triunfa sobre o mundo. Que seus exemplos nos inspirem a carregar nossa cruz com paciência e a buscar a glória eterna acima de todas as coisas." Extraído e adaptado de uma homilia de São Gregório Magno.

Introito (Sl 112, 1 e 9 | ib., 2)
Laudáte, pueri, Dóminum, laudáte nomen Dómini: qui habitáre facit stérilem in domo, matrem filiórum lætántem. Ps. Sit nomen Dómini benedíctum: ex hoc nunc, ei usque in sǽculum. ℣. Glória Patri… Louvai, ó meninos, ao Senhor, louvai o Nome do Senhor. Ele fez habitar na casa a que era estéril, como mãe feliz, entre os filhos. Sl. Bendito seja o nome do Senhor, desde agora até o fim dos séculos.

Epístola (Prov 31, 10-31)
A mulher forte, quem a encontrará? É como um tesouro que vem de longe, dos últimos confins da terra. Nela confia o coração de seu marido, e nunca lhe faltará o ganho. Ela lhe fará o bem, e nada de mal, em todos os dias de sua vida. Ocupa-se com a lã e o linho e trabalha com a destreza de suas mãos. É como o navio do negociante, que traz de longe o seu pão. Levanta-se quando ainda é noite, e distribuí o alimento por seus domésticos e os víveres por suas criadas. Procura um campo e compra-o; planta uma vinha com o ganho de suas mãos. Cinge os seus rins de força, e torna fortes os seus braços. Experimenta, e vê que o seu negócio é bom, e a sua lâmpada não se apagará à noite. Deita as suas mãos em trabalhos rudes, e os seus dedos pegam no fuso. Abre a sua mão ao necessitado e estende os seus braços para o pobre. Não receará para a sua família os rigores do frio e da neve, porque todos os seus domésticos têm roupa em duplo. Fabricou para si um manto espesso; vestiu-se de linho finíssimo e de púrpura. Seu marido será ilustre quando se assentar às portas da cidade, com os anciãos da terra. Tece uma túnica de linho e vende-a; e entrega um cinto ao negociante cananeu. A força e o decoro são os seus adornos, e, risonha, verá o seu último dia. Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da clemência está em sua língua. Examina as veredas de sua casa, e não come o pão na ociosidade. Levantam-se os seus filhos e proclamam-na ditosíssima. Seu marido também a enalteceu, dizendo: Muitas filhas ajuntaram riquezas; tu excedeste a todas. A graça é enganadora e a formosura é vã; mas a mulher que teme o Senhor, essa é que será louvada. Dai-lhe o fruto de suas mãos; e as suas obras a elogiem, às portas da cidade.

Evangelho (Mt 12, 46-50)
Naquele tempo, falando ainda Jesus à multidão, eis que sua mãe e seus irmãos [parentes] que estavam fora, procuravam falar-Lhe. Alguém Lhe disse então: Vossa mãe e vossos irmãos estão fora e Vos procuram. Ele porém respondeu ao que Lhe havia dito isto: Quem é minha mãe e quais são os meus irmãos? E estendendo a mão, mostrou os seus discípulos e disse: Eis a minha mãe e os meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe.

Liturgia Cognovi, comum não virgens não mártires 2


Missa Cognovi, comum não virgens não mártires (2)

Introito (Sl 118, 75 e 120 | ib., 1)
Cognovi, Domine, quia aequitas judicia tua, et in veritate tua humiliasti me: confige timore tuo carnes meas, a mandates tuis timui. Ps. Beati immaculate in via: qui ambulant in lege Domini. ℣. Glória Patri… Conheci, Senhor, que os vossos juízos são de equidade e que, só por vossa fidelidade, me humilhastes. Traspassai com o vosso temor a minha carne, temi os vossos mandamentos. Ps. Bem-aventurados os que se mantêm sem mácula no caminho, os que andam na lei do Senhor.
 
Epístola (Prov 31, 10-31)
A mulher forte, quem a encontrará? É como um tesouro que vem de longe, dos últimos confins da terra. Nela confia o coração de saeu marido, e nunca lhe faltará o ganho. Ela lhe fará o bem, e nada de mal, em todos os dias de sua vida. Ocupa-se com a lã e o linho e trabalha com a destreza de suas mãos. É como o navio do negociante, que traz de longe o seu pão. Levanta-se quando ainda é noite, e distribuí o alimento por seus domésticos e os víveres por suas criadas. Procura um campo e compra-o; planta uma vinha com o ganho de suas mãos. Cinge os seus rins de força, e torna fortes os seus braços. Experimenta, e vê que o seu negócio é bom, e a sua lâmpada não se apagará à noite. Deita as suas mãos em trabalhos rudes, e os seus dedos pegam no fuso. Abre a sua mão ao necessitado e estende os seus braços para o pobre. Não receará para a sua família os rigores do frio e da neve, porque todos os seus domésticos têm roupa em duplo. Fabricou para si um manto espesso; vestiu-se de linho finíssimo e de púrpura. Seu marido será ilustre quando se assentar às portas da cidade, com os anciãos da terra. Tece uma túnica de linho e vende-a; e entrega um cinto ao negociante cananeu. A força e o decoro são os seus adornos, e, risonha, verá o seu último dia. Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da clemência está em sua língua. Examina as veredas de sua casa, e não come o pão na ociosidade. Levantam-se os seus filhos e proclamam-na ditosíssima. Seu marido também a enalteceu, dizendo: Muitas filhas ajuntaram riquezas; tu excedeste a todas. A graça é enganadora e a formosura é vã; mas a mulher que teme o Senhor, essa é que será louvada. Dai-lhe o fruto de suas mãos; e as suas obras a elogiem, às portas da cidade.

Evangelho (Mt 13, 44-52)
Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos esta parábola: "O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, esconde-o novamente e, cheio de alegria por causa disso, vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo. O Reino dos Céus é também semelhante a um negociante que busca pérolas preciosas. Ao encontrar uma pérola de grande valor, ele vai, vende tudo o que tem e a compra. O Reino dos Céus é ainda semelhante a uma rede lançada ao mar, que recolhe peixes de toda espécie. Quando está cheia, os pescadores a puxam para a praia, sentam-se e separam os bons em cestos, mas jogam fora os maus. Assim será na consumação do século: os anjos virão e separarão os maus do meio dos justos, e os lançarão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo isso?" Eles responderam: "Sim." Então, Jesus disse-lhes: "Por isso, todo escriba instruído no Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas."