Gregório de Narek, como membro da Igreja Apostólica Armênia, teria sido considerado parte de uma igreja cismática pela Igreja Católica Romana por muitos séculos.
A mudança na perspectiva católica sobre Gregório é relativamente recente e representa uma significativa alteração na posição histórica da Igreja.
Essa mudança não necessariamente reflete a visão de todos os teólogos ou membros da Igreja Católica, e pode ser vista como controversa por alguns.
A elevação de Gregório a Doutor da Igreja pelo Papa Francisco em 2015 foi uma decisão não convencional, considerando a história das relações entre as igrejas:
A Igreja Armênia rejeitou as conclusões deste concílio de Calcedônia (451 d.C.), enquanto a Igreja Católica Romana as aceitou.
Cristologia: A principal questão em debate era a natureza de Cristo. O Concílio de Calcedônia afirmou que Cristo tem duas naturezas - divina e humana - em uma pessoa. A Igreja Armênia, por outro lado, aderiu a uma formulação diferente, enfatizando a unidade da natureza de Cristo.
Miafisismo: A posição da Igreja Armênia é frequentemente chamada de miafisita (às vezes erroneamente denominada monofisita). Eles acreditam em "uma natureza encarnada do Verbo Divino", uma formulação que difere sutilmente da posição calcedônia.
Autoridade eclesiástica: A rejeição do Concílio de Calcedônia também implicou uma rejeição da autoridade do Papa de Roma sobre todas as igrejas cristãs.
Desenvolvimentos litúrgicos e disciplinares: Ao longo do tempo, as práticas litúrgicas e disciplinares da Igreja Armênia divergiram ainda mais das práticas romanas.