O movimento gnóstico tem origens antigas e complexas, mas geralmente é associado aos primeiros séculos do cristianismo, principalmente durante os séculos II e III d.C.
Os ensinamentos gnósticos, no entanto, têm raízes que remontam a tradições ainda mais antigas, incluindo elementos do platonismo, zoroastrismo e religiões mistéricas do mundo antigo.
É importante notar que o gnosticismo não era um movimento unificado, mas sim uma variedade de crenças e práticas que compartilhavam alguns temas comuns, como:
- A crença em um conhecimento secreto (gnosis) necessário para a salvação
- Uma visão dualista do mundo, separando o espiritual do material
- A ideia de um deus supremo distante e um demiurgo imperfeito que criou o mundo material
O gnosticismo ganhou proeminência durante o período do cristianismo primitivo, muitas vezes entrando em conflito com as doutrinas cristãs ortodoxas emergentes. Uma data importante frequentemente associada ao início mais concreto do movimento gnóstico é por volta do ano 120 d.C.
Este período é significativo porque marca aproximadamente o tempo em que Basilides, um dos primeiros e mais influentes mestres gnósticos conhecidos, começou a ensinar em Alexandria, Egito. Basilides é considerado um dos fundadores do gnosticismo cristão e seu sistema de pensamento teve um impacto duradouro no desenvolvimento do movimento. Este é um marco de quando as ideias gnósticas começaram a se cristalizar em sistemas de pensamento mais estruturados e a ganhar seguidores significativos.