Este livro aborda temas como o humanismo e o Concílio Vaticano II, oferecendo uma crítica detalhada e profunda.
Calderón argumenta que o Concílio Vaticano II tentou promover um humanismo católico, que ele vê como uma tentativa de conciliar a fé cristã com os valores humanistas modernos. Ele utiliza a figura de Prometeu, um personagem da mitologia grega que desafiou os deuses para trazer o fogo à humanidade, como uma metáfora para descrever o que ele considera ser a tentativa do Concílio de elevar o homem ao nível de Deus.
Segundo Calderón, o humanismo, desde seu surgimento no século XIV, sempre esteve em contraste com o cristianismo. Ele vê o Concílio Vaticano II como o ápice desse esforço, uma manobra de prudência humana realizada por uma hierarquia de origem divina, que desviou para os homens o incenso antes reservado somente a Deus.
O livro é uma crítica ao que Calderón considera ser uma mudança fundamental na direção da Igreja Católica, afastando-se da tradição cristã em favor de um humanismo que ele vê como incompatível com a verdadeira fé cristã.
Sobre o autor
Padre Álvaro Martín Calderón nasceu em 22 de outubro de 1956, em Mendoza, Argentina. Ele ingressou no Seminário de La Reja e foi ordenado sacerdote em 1986.
Após sua ordenação, ele serviu como vigário no Priorado de Zapotiltic, México, e depois no Priorado da Cidade do México, permanecendo um ano em cada cargo12. Posteriormente, foi nomeado professor no seminário, onde leciona há mais de 25 anos.
Padre Calderón é autor de vários livros, incluindo “A Candeia Debaixo do Alqueire” (2009), “Prometeu” (2010) e “Umbrais da Filosofia” (2011). Ele também exerce as funções de subdiretor e prefeito de saúde no seminário, além de ministrar aulas de Teologia Dogmática, Metafísica, Filosofia da Natureza, Lógica e Teologia da Natureza.
Sobre o humanismo
Século XIV: Início do movimento humanista na Itália, com figuras como Dante Alighieri (1265-1321), Francesco Petrarca (1304-1374) e Giovanni Boccaccio (1313-1375).
Século XV: Expansão do humanismo pela Europa, influenciando a educação, a arte e a filosofia. Lorenzo Valla (1407-1457) e Marsilio Ficino (1433-1499) são exemplos de humanistas deste período.
Século XVI: Desenvolvimento do humanismo cristão com Erasmo de Roterdã (1466-1536) e Tomás Morus (1478-1535). Este século também viu a disseminação das ideias humanistas através da imprensa, inventada por Johannes Gutenberg em 1440.
Século XVII: O humanismo continua a influenciar o pensamento europeu, embora comece a ser desafiado pelo surgimento do racionalismo e do empirismo, com figuras como René Descartes (1596-1650) e Francis Bacon (1561-1626).
Um dos nomes mais importantes do humanismo é Francesco Petrarca (1304-1374). Ele é frequentemente considerado o “pai do humanismo” devido à sua influência na redescoberta e valorização da literatura e filosofia clássicas. Petrarca foi um poeta e estudioso italiano cujas obras, como o “Cancioneiro” e “Triunfo”, ajudaram a moldar o pensamento humanista e a promover a ideia de que o estudo das humanidades poderia enriquecer a vida humana.