16 MAIO - S. UBALDO, Bispo e Confessor


Ó vós, que contemplais os exemplos dos santos como estrelas guias no firmamento da Igreja, considerai a vida de Santo Ubaldo, cuja memória celebramos hoje, 16 de maio. Nascido por volta de 1085 em Gubbio, na Itália, foi ordenado sacerdote em 1114 e elevado ao episcopado de sua cidade natal em 1128. Partiu para a glória celeste em 16 de maio de 1160. Sua vida, marcada por milagres e zelo, tornou-se farol para os fiéis, sendo ele invocado contra os espíritos malignos. Entre as obras atribuídas à santidade de Ubaldo, destaca-se sua influência espiritual, cujos ecos ressoam nas tradições de Gubbio, embora não nos tenham chegado textos diretos de sua pena. Contudo, sua vida mesma é um texto vivo, gravado nos corações dos fiéis. Um relato tradicional, que poderíamos imaginar como reflexo de suas exortações, seria: “Ó fiéis, não temais os rugidos do maligno, pois a cruz de Cristo é vossa fortaleza; vivei em penitência, amai vossos inimigos e confiai na misericórdia do Altíssimo, que jamais abandona os que O buscam.” Tal ensino, enraizado em sua prática de exorcismos e milagres, manifesta a força de sua fé, que, como um rio, regava a Igreja com a água viva da graça.

Introito (Sl 63, 11 | ib., 2)
Státuit ei Dóminus testaméntum pacis, et príncipem fecit eum... O Senhor fez com ele uma aliança de paz, constituindo-o príncipe, a fim de que tivesse para sempre a dignidade sacerdotal. Sl. Lembrai-Vos, Senhor, de Davi e de toda a sua submissão.

Epístola (Eclo 44, 16-27; 45, 3-20)
Eis o grande sacerdote que nós dias de sua vida agradou a Deus e foi considerado Justo; no tempo da ira, tornou-se a reconciliação dos homens. Ninguém o igualou na observância das leis do Altíssimo. Por isso o Senhor jurou que o havia de glorificar em sua descendência. Abençoou nele todas as nações e confirmou sua aliança sobre a sua cabeça. Distinguiu-o com as suas bênçãos; conservou-lhe a sua misericórdia e ele achou graça diante do Senhor. Enalteceu-o diante dos reis e deu-lhe uma coroa de glória. Fez com ele uma aliança eterna; deu-lhe o sumo sacerdócio, e encheu-o de felicidade na glória, para exercer o sacerdócio, cantar louvores a seu Nome e oferecer-Lhe dignamente incenso de agradável odor.

Evangelho (Mt 25, 14-23)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos esta parábola: Um homem, indo viajar para longe, chamou os seus servos e entregou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois, e ao terceiro um, a cada qual segundo a sua capacidade. E partiu logo depois. Aquele que havia recebido os cinco talentos, foi-se e negociou com eles, e lucrou outros cinco. Da mesma sorte, o que recebera os dois talentos ganhou também outros dois. Mas o que havia recebido um só, foi cavar a terra e escondeu o dinheiro de seu senhor. Passado muito tempo, voltou o senhor desses servos, e chamou-os a contas. Aproximando-se o que tinha recebido cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco, dizendo-lhe: Senhor, vós me entregastes cinco talentos; eis outros cinco mais que lucrei. Disse-lhe o seu senhor. Muito bem, servo bom e fiel, porque foste fiel no pouco, sobre muito te porei; entra na alegria de teu senhor. Apresentou-se também o que recebera os dois talentos e disse: Senhor, vós me entregastes dois talentos; eis aqui outros dois mais que eu ganhei. Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel, porque foste fiel no pouco, sobre muito te porei; entra na alegria de teu Senhor.