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Cardeal Gerhard Müller manifestou críticas contundentes ao Sínodo da Amazônia, influência de ideologias seculares e ambientalistas

O Cardeal Gerhard Müller manifestou críticas contundentes ao Sínodo da Amazônia, que ocorreu em outubro de 2019, argumentando que este estaria promovendo uma agenda de origem europeia, especialmente alemã, voltada para uma tentativa de reformar a Igreja universal. Ele enfatizou que a Igreja corre o risco de se desviar de sua missão principal ao permitir a influência de ideologias seculares e ambientalistas, que, segundo ele, não estão alinhadas com a essência da fé cristã.

Müller direcionou críticas específicas ao "Instrumentum Laboris", documento base do Sínodo, apontando que ele negligencia a centralidade da Revelação divina, ao passo que exalta excessivamente tradições religiosas indígenas. Para o Cardeal, isso poderia levar a uma relativização da fé cristã e à diluição de sua identidade. Ele expressou preocupação de que tais abordagens abram espaço para sincretismos que enfraquecem a clareza doutrinária da Igreja.

Além disso, Müller destacou o perigo de reduzir a Igreja a um agente de transformação social, ao invés de mantê-la como um canal de salvação espiritual. Ele alertou contra uma possível politização da Igreja, enfatizando que a missão escatológica de Jesus Cristo deve ser o foco inegociável. O Cardeal também afirmou que a busca por soluções para problemas sociais ou ambientais não deve se sobrepor à pregação do Evangelho, criticando o que ele percebe como uma priorização inadequada dessas pautas no Sínodo.

Müller mencionou que agendas como a do Sínodo poderiam minar a universalidade da Igreja, fragmentando sua unidade ao priorizar abordagens regionais ou culturais que não refletem a tradição católica global. Ele reiterou a necessidade de preservar a integridade da fé diante de tendências que possam enfraquecê-la, em nome de uma modernização mal concebida.

O Cardeal Gerhard Müller fez suas críticas ao Instrumentum Laboris do Sínodo da Amazônia em uma declaração publicada em 16 de julho de 2019. Ele destacou que considerava equivocada a afirmação de que territórios como a Amazônia poderiam ser considerados "fontes particulares de revelação divina". Müller argumentou que, de acordo com a tradição da Igreja, apenas as Escrituras e a Tradição Apostólica são reconhecidas como fontes de revelação. Além disso, criticou a influência de ideologias seculares e a ênfase na "cosmovisão amazônica" no documento, mencionando que elementos como a teologia indígena e a eco-teologia não deveriam substituir os fundamentos sacramentais e teológicos da Igreja​: The Catholic Register

O Instrumentum Laboris, documento de trabalho para a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica, realizada de 6 a 27 de outubro de 2019, está disponível no site oficial do Vaticano: Instrumentum Laboris - Vaticano.