Além disso, Schönborn é considerado um candidato viável para o papado em um futuro conclave. Sua longa trajetória na Igreja Católica, incluindo sua participação no conclave de 2005 que elegeu o Papa Bento XVI e no conclave de 2013 que escolheu o Papa Francisco, coloca-o em uma posição favorável.
Contudo, há muitas críticas ao Cardeal Schönborn por parte de tradicionalistas dentro da Igreja Católica. Essas críticas surgem principalmente em resposta às suas declarações e posturas sobre temas controversos que desafiam a doutrina tradicional da Igreja.
Relações Homossexuais e Moralidade
Uma das principais fontes de crítica é a sua afirmação de que “um relacionamento estável certamente é melhor do que se alguém opta por ser promíscuo.” Tradicionalistas argumentam que essa visão relativiza a moralidade sexual e contradiz os ensinamentos da Igreja sobre a homossexualidade. Para eles, qualquer forma de aceitação ou reconhecimento de relacionamentos homossexuais é vista como uma violação dos princípios morais católicos.
Reconsideração do Divórcio e Recasamento
Schönborn também expressou a necessidade de reconsiderar a posição da Igreja em relação aos divorciados recasados, afirmando que muitas pessoas nem mesmo se casam mais. Essa postura é criticada por tradicionalistas que acreditam que o casamento é um sacramento indissolúvel e que qualquer tentativa de flexibilizar essa doutrina compromete a integridade da fé católica.
Modernismo, Liberalismo e Progressismo
Os tradicionalistas frequentemente rotulam Schönborn como um modernista ou progressista, acusando-o de promover uma agenda liberal dentro da Igreja. Eles argumentam que suas declarações não apenas desviam-se dos ensinamentos tradicionais, mas também criam confusão entre os fiéis sobre questões fundamentais da doutrina católica.
Biografia
Nascido em 22 de janeiro de 1945 em Skalsko, na atual República Tcheca, é um frade e teólogo dominicano austríaco. Ele é o Arcebispo Metropolitano de Viena e também serve como Ordinário para os fiéis de rito bizantino na Áustria.
Schönborn foi ordenado sacerdote em 27 de dezembro de 1970 e obteve seu doutorado em teologia em 1974. Ele é conhecido por ter sido o editor da última edição do Catecismo da Igreja Católica. Em 1991, foi nomeado Bispo Auxiliar de Viena e, em 1995, tornou-se Arcebispo de Viena2. Ele foi elevado ao cardinalato pelo Papa João Paulo II em 21 de fevereiro de 1998.
Além de suas funções eclesiásticas, Schönborn é reconhecido por suas habilidades diplomáticas e por sua capacidade de mediar entre diferentes facções dentro da Igreja Católica1. Ele também participou dos conclaves que elegeram os Papas Bento XVI e Francisco.