15 JULHO - S. INÁCIO DE AZEVEDO E COMPANHEIROS, Mártires


Inácio de Azevedo, nascido em 1527 no Porto, Portugal, ingressou na Companhia de Jesus em 1548 e destacou-se como um fervoroso missionário. Durante o generalato de São Francisco de Bórgia, foi nomeado visitador das missões nas Índias e no Brasil, e posteriormente tornou-se Superior das missões brasileiras. Em 1570, partiu de Portugal com 39 companheiros jesuítas, transformando o navio em um verdadeiro convento, onde mantinham a vida regular com orações e disciplinas espirituais. Ao se aproximarem das Ilhas Canárias, foram atacados por corsários calvinistas, liderados por Jacques Sourie, que, movidos por ódio à fé católica, massacraram todos os missionários em 15 de julho de 1570, jogando-os ao mar. Inácio e seus companheiros foram reconhecidos como mártires, e seu culto público e solene foi confirmado pelo Papa Pio IX em 1854, celebrando sua entrega total à missão evangelizadora.

Introito (Sl 78, 11. 12 e 10 | ib., 1)
Intret in conspectu tuo, Dominie; gemitus compeditorum... Chegue à vossa presença, Senhor, o gemido dos cativos. Retribuí a nossos vizinhos, em seu íntimo, sete vezes cada injúria que eles Vos fizeram. Vingai o sangue de vossos Santos, que foi derramado. Sl. Ó Deus, os gentios invadiram a vossa herança, profanaram o vosso santo templo e reduziram Jerusalém a ruínas. ℣. Glória ao Pai.

Epístola (Sb 3, 1-8)
As almas dos Justos estão nas mãos de Deus, e o tormento da morte não as tocará. Pareceu aos olhos dos insensatos que iam morrer. Seu trânsito deste mundo foi considerado como uma infelicidade, e a sua separação de nós, uma calamidade, porém eles estão em paz. E se sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está toda na imortalidade. Depois de uma leve tribulação receberão uma grande recompensa, porque Deus os provou e os achou dignos de Si. Provou-os como ao ouro na fornalha: recebeu-os como holocaustos. E a seu tempo os olhará benignamente. Então os Justos resplandecerão e brilharão como centelhas que correm pelo canavial. Eles julgarão as nações e dominarão os povos; e o Senhor será Rei sobre eles, para sempre.

Evangelho (Lc 21, 9-19)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Quando ouvirdes falar de guerras e de sedições, não vos assusteis. É necessário que estas coisas aconteçam primeiro; mas não virá logo o fim. E então dizia-lhes: Levantar-se-á nação contra nação e reino contra reino. Haverá grandes terremotos em vários lugares, pestes e fomes, e também coisas espantosas e no céu grandes sinais. Mas, antes de tudo isso, lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença de reis e governadores, por causa de meu Nome. Isto vos será ocasião de dardes testemunho. Proponde, pois, em vossos corações não premeditar como haveis de responder. Porque eu vos darei palavras e sabedoria a que todos os vossos inimigos não poderão resistir nem contradizer. Sereis entregues até por vossos país, irmãos, parentes e amigos. Farão morrer muitos de vós e sereis odiados por todos por causa de meu Nome. Mas não se perderá um só cabelo de vossa cabeça. Por vossa perseverança salvareis as vossas almas.