Viganò apresenta a realeza de Cristo como o eixo da economia da salvação,
ecoando o hino Vexilla Regis e a encíclica Quas Primas de Pio XI, que
instituiu a festa de Cristo Rei. Ele enfatiza que Cristo reina da Cruz
(Regnavit a ligno), não como um rei terreno, mas como soberano espiritual que
vence o pecado e a morte. A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, celebrada
no Domingo de Ramos, é interpretada como um reconhecimento temporário dessa
realeza, traído pela multidão que logo exigiu sua crucificação.
Viganò utiliza essa narrativa para traçar um paralelo com a Igreja contemporânea, que ele acusa de trair a realeza de Cristo ao adotar uma liturgia reformada que dilui sua soberania. Ele argumenta que a Missa Nova (Novus Ordo), implementada após o Vaticano II, reflete uma visão humanista que privilegia o homem em detrimento de Deus, reduzindo a liturgia a um evento comunitário secularizado, em vez de um sacrifício centrado na majestade divina. Para Viganò, a supressão da Missa Tridentina, especialmente sob o motu proprio Traditionis Custodes de Papa Francisco, é uma tentativa deliberada de apagar a realeza de Cristo, substituindo-a por uma "fraternidade universal" de inspiração maçônica.
Ele argumenta que o Novus Ordo, projetado por figuras como Annibale Bugnini, incorpora elementos protestantizantes que diminuem a transcendência do sacrifício eucarístico, promovendo uma visão antropocêntrica. Na homilia, ele sugere que a liturgia reformada reflete uma "mentalidade atual" que ignora a soberania de Cristo, alinhando-se com ideologias globalistas como o "novo humanismo" e a "religião universal" promovida por forças seculares.
Essa visão é detalhada em outros textos de Viganò, como seu artigo de 11 de junho de 2020, publicado no site Capela Santa Maria das Vitórias (Importantíssimo artigo do Arcebispo Viganò sobre a crise da Igreja). Nele, ele endossa as críticas de Dom Athanasius Schneider, que condena a Dignitatis Humanae do Vaticano II por abrir caminho ao relativismo religioso. Viganò escreve: "Se a pachamama pôde ter sido adorada numa igreja, devemo-lo à Dignitatis Humanae. Se temos uma liturgia protestante e, às vezes, até paganizada, devemo-lo às ações revolucionárias de Mons. Annibale Bugnini". Ele associa a liturgia reformada a uma "igreja paralela" que substitui a Igreja de Cristo por uma entidade ecumênica, desvinculada da realeza divina.
A visão de Viganò encontra eco em autores tradicionalistas que defendem a centralidade de Cristo Rei contra as reformas pós-Vaticano II. Esses autores compartilham a crença de que a liturgia reformada e as mudanças doutrinárias enfraquecem a soberania de Cristo, promovendo uma visão secularizada da fé.
Em seu ensaio de 1º de junho de 2020, citado por Viganò, Schneider argumenta que o Vaticano II introduziu ambiguidades que facilitaram a "diversidade de religiões" contrária à exclusividade de Cristo como Rei. Ele defende a restauração da liturgia tradicional como um retorno à centralidade de Cristo, criticando a "sinodalidade" e a "colegialidade" do Vaticano II como diluições da autoridade divina.
Fundador da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, Lefebvre é frequentemente referenciado por Viganò como um precursor de suas críticas. Em suas obras, como Eles Destronaram Cristo, Lefebvre condena o Vaticano II por promover uma "religião humanista" que destrona Cristo Rei. Ele via a Missa Tridentina como a expressão litúrgica da soberania de Cristo, em oposição ao Novus Ordo, que considerava protestantizado.
Fundador da TFP (Tradição, Família e Propriedade), Corrêa de Oliveira, citado em artigos do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, defendia a realeza de Cristo como base para uma sociedade verdadeiramente cristã. Ele via o progressismo eclesiástico como uma traição à missão da Igreja de proclamar Cristo como Rei de todas as nações.
A visão de Viganò e seus aliados, como Schneider e Lefebvre, é compartilhada por uma minoria tradicionalista, mas naturalmente enfrenta oposição de teólogos que defendem a "hermenêutica da continuidade", proposta por Bento XVI, que propõe que se renovou a Igreja sem romper com a tradição.
Viganò utiliza essa narrativa para traçar um paralelo com a Igreja contemporânea, que ele acusa de trair a realeza de Cristo ao adotar uma liturgia reformada que dilui sua soberania. Ele argumenta que a Missa Nova (Novus Ordo), implementada após o Vaticano II, reflete uma visão humanista que privilegia o homem em detrimento de Deus, reduzindo a liturgia a um evento comunitário secularizado, em vez de um sacrifício centrado na majestade divina. Para Viganò, a supressão da Missa Tridentina, especialmente sob o motu proprio Traditionis Custodes de Papa Francisco, é uma tentativa deliberada de apagar a realeza de Cristo, substituindo-a por uma "fraternidade universal" de inspiração maçônica.
Ele argumenta que o Novus Ordo, projetado por figuras como Annibale Bugnini, incorpora elementos protestantizantes que diminuem a transcendência do sacrifício eucarístico, promovendo uma visão antropocêntrica. Na homilia, ele sugere que a liturgia reformada reflete uma "mentalidade atual" que ignora a soberania de Cristo, alinhando-se com ideologias globalistas como o "novo humanismo" e a "religião universal" promovida por forças seculares.
Essa visão é detalhada em outros textos de Viganò, como seu artigo de 11 de junho de 2020, publicado no site Capela Santa Maria das Vitórias (Importantíssimo artigo do Arcebispo Viganò sobre a crise da Igreja). Nele, ele endossa as críticas de Dom Athanasius Schneider, que condena a Dignitatis Humanae do Vaticano II por abrir caminho ao relativismo religioso. Viganò escreve: "Se a pachamama pôde ter sido adorada numa igreja, devemo-lo à Dignitatis Humanae. Se temos uma liturgia protestante e, às vezes, até paganizada, devemo-lo às ações revolucionárias de Mons. Annibale Bugnini". Ele associa a liturgia reformada a uma "igreja paralela" que substitui a Igreja de Cristo por uma entidade ecumênica, desvinculada da realeza divina.
A visão de Viganò encontra eco em autores tradicionalistas que defendem a centralidade de Cristo Rei contra as reformas pós-Vaticano II. Esses autores compartilham a crença de que a liturgia reformada e as mudanças doutrinárias enfraquecem a soberania de Cristo, promovendo uma visão secularizada da fé.
Em seu ensaio de 1º de junho de 2020, citado por Viganò, Schneider argumenta que o Vaticano II introduziu ambiguidades que facilitaram a "diversidade de religiões" contrária à exclusividade de Cristo como Rei. Ele defende a restauração da liturgia tradicional como um retorno à centralidade de Cristo, criticando a "sinodalidade" e a "colegialidade" do Vaticano II como diluições da autoridade divina.
Fundador da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, Lefebvre é frequentemente referenciado por Viganò como um precursor de suas críticas. Em suas obras, como Eles Destronaram Cristo, Lefebvre condena o Vaticano II por promover uma "religião humanista" que destrona Cristo Rei. Ele via a Missa Tridentina como a expressão litúrgica da soberania de Cristo, em oposição ao Novus Ordo, que considerava protestantizado.
Fundador da TFP (Tradição, Família e Propriedade), Corrêa de Oliveira, citado em artigos do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, defendia a realeza de Cristo como base para uma sociedade verdadeiramente cristã. Ele via o progressismo eclesiástico como uma traição à missão da Igreja de proclamar Cristo como Rei de todas as nações.
A visão de Viganò e seus aliados, como Schneider e Lefebvre, é compartilhada por uma minoria tradicionalista, mas naturalmente enfrenta oposição de teólogos que defendem a "hermenêutica da continuidade", proposta por Bento XVI, que propõe que se renovou a Igreja sem romper com a tradição.