Recentemente, o Cardeal Robert Sarah expressou preocupações sobre iniciativas que visam abolir a Missa Tridentina. Em 20 de janeiro de 2025, durante a apresentação de seu livro "Dio esiste? Il grido dell'uomo che chiede salvezza" em Milão, ele afirmou que "o projeto de abolir definitivamente a Missa Tridentina [...] parece-me um insulto à História da Igreja e à Sagrada Tradição. É um projeto diabólico que pretende romper com a Igreja de Cristo, dos Apóstolos e dos Santos."
O Cardeal Sarah enfatizou a importância de preservar o rito tradicional, alertando para os riscos de desenraizar o cristianismo de sua história e fundamento litúrgico. Ele destacou a necessidade de recuperar a centralidade de Cristo, o sentido do sagrado e da adoração como respostas às crises espirituais e morais do mundo contemporâneo.
Segundo o Cardeal, o esforço para eliminar essa forma litúrgica não seria fruto de um mero ajuste administrativo ou litúrgico, mas de um projeto que ele qualifica de diabólico. Essa ação, na visão dele, visa romper os laços históricos e espirituais que definem a identidade da Igreja.
Para Sarah, a Missa Tridentina não é apenas uma forma de culto, mas um patrimônio espiritual que carrega a profundidade do sagrado e a experiência do transcendente. Sua eliminação implicaria na perda de uma dimensão essencial para o encontro com o divino, enfraquecendo a vivência da fé dos fiéis.
Os argumentos do Cardeal também sugerem que essa tentativa de eliminação da liturgia tradicional está inserida num contexto de crise no sacerdócio e na identidade litúrgica da Igreja. Ele enxerga essa iniciativa como parte de um movimento maior que busca dessacralizar a prática religiosa e transformar a espiritualidade dos clérigos.