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terça-feira, 22 de outubro de 2024

Maçonaria - as várias condenações

A Maçonaria foi condenada pela Igreja Católica em diversos documentos ao longo dos séculos. As condenações começaram já no século XVIII e continuaram até o século XX. Abaixo estão os principais documentos da Igreja que condenaram a Maçonaria:Bula "In Eminenti" (1738) – Emitida pelo Papa Clemente XII, foi a primeira condenação oficial da Maçonaria. Nela, o Papa proibiu a participação de católicos na Maçonaria sob pena de excomunhão, devido à natureza secreta da organização e suas práticas consideradas incompatíveis com a fé católica.

Encíclica "Providas Romanorum Pontificum" (1751) – Emitida pelo Papa Bento XIV, reafirma e amplia a condenação de Clemente XII, advertindo os católicos sobre os perigos da Maçonaria e reiterando a excomunhão para aqueles que se unissem a ela.

Encíclica "Ecclesiam a Jesu Christo" (1821) – Emitida pelo Papa Pio VII, reforça as condenações anteriores e denuncia as associações secretas, especialmente a Maçonaria, como perigosas para a Igreja e a sociedade, acusando-as de promoverem a subversão da ordem pública.

Encíclica "Quo Graviora" (1825) – Emitida pelo Papa Leão XII, é uma reafirmação das bulas anteriores, condenando novamente a Maçonaria e suas atividades subversivas.

Encíclica "Traditi Humilitati" (1829) – Emitida pelo Papa Pio VIII, esta encíclica também denuncia a Maçonaria, associando-a ao liberalismo e outras ideologias que são vistas como ameaças à fé e à moral católica.

Encíclica "Mirari Vos" (1832) – Emitida pelo Papa Gregório XVI, condena várias ideologias liberais da época, incluindo a Maçonaria, que é associada à propagação de ideias contrárias à fé católica, como a liberdade de culto e a separação entre Igreja e Estado.

Encíclica "Quanta Cura" (1864) e o anexo Syllabus Errorum – Emitida pelo Papa Pio IX, a encíclica condena várias doutrinas modernas, incluindo o racionalismo, o naturalismo e o liberalismo, todas associadas à Maçonaria. O Syllabus é uma lista de erros modernos que a Igreja condena, muitos dos quais são associados à influência maçônica.

Encíclica "Humanum Genus" (1884) – Emitida pelo Papa Leão XIII, é uma das condenações mais detalhadas da Maçonaria, denunciando seus princípios naturalistas, ateístas, e a promoção da separação entre Igreja e Estado. Leão XIII reforça a proibição de participação de católicos na Maçonaria e exorta os bispos a combaterem sua influência.

Encíclica "Praeclara Gratulationis Publicae" (1894) – Também de Leão XIII, esta encíclica continua a denunciar os perigos das sociedades secretas, incluindo a Maçonaria, para a sociedade e para a fé católica.

Encíclica "Annum Ingressi Sumus" (1902) – Emitida pelo Papa Leão XIII, menciona novamente os perigos da Maçonaria e exorta a Igreja a permanecer vigilante contra a influência maçônica.

Encíclica "Vehementer Nos" (1906) – Emitida pelo Papa Pio X, denuncia a separação entre Igreja e Estado, política que era promovida pela Maçonaria. Pio X reafirma as condenações anteriores e alerta contra a influência maçônica na sociedade.

Código de Direito Canônico de 1917 – O cânon 2335 deste Código reafirma a proibição de adesão à Maçonaria sob pena de excomunhão automática para os católicos.

Declaração "Declaratio de associationibus massonicis" (1983) – Emitida pela Congregação para a Doutrina da Fé, sob a liderança do Cardeal Joseph Ratzinger (futuro Papa Bento XVI), esta declaração reafirma a incompatibilidade entre a Maçonaria e a fé católica, reiterando que os católicos que se inscrevem em associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem receber a Sagrada Comunhão. Este documento foi emitido após a revisão do Código de Direito Canônico em 1983, que, embora não mencionasse explicitamente a Maçonaria, manteve a condenação implícita.