nascido Francesco Possenti em 1º de março de 1838, em Assis, Itália, foi um jovem que abandonou uma vida mundana para ingressar na Congregação dos Passionistas aos 18 anos, em 1856, assumindo o nome de Gabriel em devoção à Virgem Dolorosa. Canonizado em 1920 por Bento XV, morreu precocemente aos 24 anos, em 27 de fevereiro de 1862, vítima de tuberculose, na Ilha do Gran Sasso. Sua vida espiritual foi marcada por uma profunda devoção a Jesus Crucificado e à Virgem das Dores, além de uma intensa prática de caridade e mortificação, o que o tornou exemplo para a juventude e lhe valeu o apelido de “Santo do Sorriso”. Entre seus feitos, destaca-se sua influência como co-patrono da Ação Católica (1926) e padroeiro de Abruzzo (1959). Um texto emblemático que resume sua espiritualidade é seu lema: “Que é que não se faria para uma tal Mãe?"
Introito
Os justi meditabitur sapientiam, et lingua ejus loquetur judicium... O justo meditará a sabedoria, e a sua língua falará o que é justo; a lei do seu Deus está no seu coração. Sl. Não tenhas inveja dos malvados, nem desejes imitar os que praticam a iniquidade.
1 João 2,14-17
Eu vos escrevi, filhinhos, porque conheceis o Pai. Eu vos escrevi, pais, porque conheceis aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e vencestes o Maligno. Não ameis o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo — a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida — não vem do Pai, mas do mundo. Ora, o mundo passa com a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
Marcos 10,13-21
Traziam-lhe crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isso, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim as criancinhas, não as impeçais, pois delas é o Reino de Deus. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como criança, não entrará nele. E, tomando-as nos braços, as abençoava, impondo-lhes as mãos. Quando saía para se pôr a caminho, um homem correu ao seu encontro e, dobrando os joelhos diante dele, perguntou-lhe: Bom Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna? Jesus disse-lhe: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão só Deus. Conheces os mandamentos: não mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não defraudes, honra teu pai e tua mãe. Ele respondeu: Mestre, tudo isso eu tenho observado desde a minha juventude. Jesus, fitando-o, amou-o e disse-lhe: Uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me.
Homilias
Santo Agostinho, em seu "Sermão 85", aborda especialmente a passagem do jovem rico. Agostinho destaca que o jovem se aproximou de Jesus com sinceridade, mas sua riqueza o prendia, impedindo-o de seguir plenamente o chamado de Cristo. Ele enfatiza que Jesus não condena a riqueza em si, mas o apego a ela, pois o coração do jovem estava dividido entre Deus e os bens materiais. Agostinho explica que a ordem de vender tudo e dar aos pobres não é um mandamento universal para todos os cristãos, mas uma exigência específica para aqueles que, como o jovem, buscam a perfeição espiritual além da mera observância dos mandamentos. A ideia central é que seguir Jesus exige desprendimento total, e o "tesouro no céu" prometido é a própria vida eterna em comunhão com Deus. Ele também reflete sobre a reação de tristeza do jovem, interpretando-a como um sinal de que, embora desejasse a vida eterna, o amor pelas riquezas o dominava, mostrando que o verdadeiro obstáculo estava em seu interior.