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Opinionismo: A questão papal seria apenas matéria de opinião? - Dom Donald J. Sanborn

O artigo  aborda a divisão entre tradicionalistas católicos sobre a legitimidade dos papas pós-Vaticano II. Ele destaca duas posições principais: os sedeplenistas, que reconhecem Francisco I como Papa, e os sedevacantistas, que negam a legitimidade dos papas desde João XXIII. Sanborn critica o "opinionismo", uma posição intermediária que permite a dúvida sobre a legitimidade papal, argumentando que a identidade do Papa não pode ser uma mera opinião teológica.

Sanborn detalha cinco erros do opinionismo. O primeiro erro é colocar a identidade do Romano Pontífice na categoria de "opinião teológica", o que ele considera impossível, pois a identidade do Papa deve ser certa. O segundo erro é rebaixar a questão da identidade do Papa a uma mera opinião teológica, ignorando seus efeitos dogmáticos e morais. O terceiro erro é confundir conclusão teológica com opinião teológica, já que a conclusão teológica é absolutamente certa. O quarto erro é defender que se possa sustentar que Ratzinger é ou não Papa pela mera razão de que a Igreja não disse nada a respeito. O quinto erro é sustentar que nenhuma das posições é ofensiva à fé, o que Sanborn considera falso, pois identificar a autoridade de Cristo com a promulgação de falsas doutrinas é ofensivo à fé.

Sanborn conclui que a questão da legitimidade papal tem implicações dogmáticas e morais significativas e não pode ser tratada com indiferença. Ele critica a Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX) por permitir que seus sacerdotes sejam sedevacantistas em segredo, mas publicamente sedeplenistas, o que ele considera uma desonestidade. Sanborn argumenta que o opinionismo é baseado em um indiferentismo perigoso sobre o Romano Pontífice e que a identidade do Papa é essencial para a unidade e identidade da Igreja Católica Romana.