Infalibilidade Papal: Küng questionou a doutrina da infalibilidade papal, que afirma que o Papa é infalível quando proclama dogmas de fé e moral. Ele argumentou que essa doutrina não tem base sólida nas Escrituras e na tradição histórica da Igreja.
Celibato Clerical: Ele defendeu o fim da obrigatoriedade do celibato para os padres, sugerindo que a Igreja deveria permitir que os sacerdotes se casassem, o que, segundo ele, poderia resolver muitos problemas internos da Igreja.
Controle de Natalidade: Küng também foi um crítico das posições da Igreja sobre o controle de natalidade. Ele acreditava que a Igreja deveria permitir o uso de métodos contraceptivos modernos, argumentando que isso seria mais alinhado com a realidade contemporânea e as necessidades das famílias.
Participação Laica e Feminina: Ele defendeu uma maior participação dos leigos e das mulheres na Igreja, incluindo a possibilidade de ordenação feminina. Küng acreditava que isso refletiria melhor a mensagem inclusiva do Evangelho.
Descentralização da Igreja: Durante o Concílio Vaticano II, Küng defendeu uma Igreja mais descentralizada, com maior autonomia para as igrejas locais e menos controle centralizado pelo Vaticano.
Essas posições fizeram de Hans Küng uma figura controversa dentro da Igreja Católica, levando à revogação de sua licença para ensinar teologia católica em 1979.
Influência durante o Concílio Vaticano II
Hans Küng teve uma influência significativa durante o Concílio Vaticano II (1962-1965), embora ele não tenha sido um dos principais arquitetos das reformas. Ele foi um dos teólogos peritos (periti) convidados para o Concílio e contribuiu com suas ideias e escritos, que ajudaram a moldar algumas das discussões teológicas e pastorais.
Küng era conhecido por sua defesa de uma Igreja mais aberta e dialogante, e suas ideias sobre a reforma eclesiástica, a colegialidade episcopal e a liberdade religiosa encontraram eco em alguns dos documentos do Concílio, como a constituição dogmática Lumen Gentium e a declaração sobre a liberdade religiosa Dignitatis Humanae.
No entanto, suas posições mais radicais, especialmente suas críticas à infalibilidade papal e outras doutrinas tradicionais, não foram adotadas pelo Concílio. Após o Vaticano II, suas críticas contínuas às doutrinas da Igreja levaram a um distanciamento crescente entre ele e a hierarquia eclesiástica.
Relação cordial com o Papa Francisco
Hans Küng teve uma relação mais cordial com o Papa Francisco em comparação com os papas anteriores. Embora suas críticas às doutrinas da Igreja tenham levado a um distanciamento significativo, especialmente durante os pontificados de João Paulo II e Bento XVI, a eleição de Francisco trouxe uma mudança de tom.
O Papa Francisco, conhecido por seu enfoque pastoral e abertura ao diálogo, teve uma reunião com Hans Küng em 2016. Durante esse encontro, eles discutiram várias questões teológicas e eclesiásticas. Küng expressou sua satisfação com a disposição de Francisco para ouvir e dialogar, algo que ele considerava essencial para a renovação da Igreja.
Hans Küng teve uma relação mais cordial com o Papa Francisco em comparação com os papas anteriores. Embora suas críticas às doutrinas da Igreja tenham levado a um distanciamento significativo, especialmente durante os pontificados de João Paulo II e Bento XVI, a eleição de Francisco trouxe uma mudança de tom.
O Papa Francisco, conhecido por seu enfoque pastoral e abertura ao diálogo, teve uma reunião com Hans Küng em 2016. Durante esse encontro, eles discutiram várias questões teológicas e eclesiásticas. Küng expressou sua satisfação com a disposição de Francisco para ouvir e dialogar, algo que ele considerava essencial para a renovação da Igreja.