Leão XIV e os sinais de continuidade modernista


Assim como na era pós-conciliar tudo é novidade e nenhuma novidade é realmente nova, o recente pontificado de Leão XIV não decepciona — pelo menos, para os que esperam mais do mesmo. A seguir, uma exposição sistemática de alguns dos primeiros atos deste novo ocupante da Sé de Pedro — ou melhor, da cadeira giratória pós-Vaticano II.

Ecumenismo e Sinodalidade: A Missa como Encontro de Sentimentos. Logo de início, Leão XIV deixou claro que seguirá a trilha já percorrida (e bem batida) pelos predecessores conciliares. Sua abordagem ao ecumenismo e à sinodalidade mostra-se como nada além de uma intensificação da dissolução da identidade católica. A Igreja que já não ensina convida agora todos a “caminhar juntos”, embora nenhum saiba para onde — exceto que não se pode ir em direção à Tradição. Como um padre progressista disse certa vez: "Não precisamos da verdade, precisamos da experiência do outro." Leão XIV parece ter decorado essa cartilha.
 
A Presença Espiritual de Francisco na Missa de Inauguração: Espiritismo Litúrgico. Na Missa de inauguração, o novo pontífice declarou sentir "a presença espiritual" de Francisco. Os santos Padres chamariam isso de superstitio, mas hoje é considerado "pastoralidade avançada". Ora, se os falecidos modernos aparecem na Missa Nova, por que não canonizar Madame Blavatsky? Afinal, também ela acreditava em comunhão com os desencarnados — só que era mais honesta a respeito.
 
O Cajado de Paulo VI: Relíquia de Ruína. Em seu primeiro domingo, Leão XIV decidiu empunhar o mesmo báculo utilizado por Montini — aquele símbolo infame da Paixão sem Ressurreição, com o Cristo encurvado, moribundo, esticado como em agonia perpétua. Uma escolha que resume bem o espírito da nova religião: sem glória, sem verdade objetiva, sem Tradição. Tudo é sofrimento estéril, liturgia feia e “acompanhamento”.
 
O Abraço aos Judeus: A Nova Primeira Aliança. Em seu primeiro dia, Leão XIV dirigiu palavras calorosas ao "irmão mais velho".Nada de evangelização. Nada de chamada à conversão. Apenas um abraço inter-religioso — selado não pelo Sangue da Cruz, mas pelo suor ecumênico da diplomacia conciliar.Para que Nosso Senhor instituiu apóstolos, afinal? Hoje, basta um comitê inter-religioso e uma visita ao Muro das Lamentações.
 
Repúdio à Igreja Triunfalista: Adeus à Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.Num discurso solene, Leão XIV criticou a “Igreja triunfalista” que “ergue a bandeira da verdade como se a possuísse”."Como se a possuísse"?! Que o Senhor nos livre dessa arrogância de ser a verdadeira Igreja fundada por Cristo! Afinal, melhor ser uma ONG humilde, sorridente e... irrelevante.
 
Crença Ingênua na Paz Mundial: Um Papa ou um Miss Universo?Leão XIV fala de paz mundial com a candura de um adolescente em concurso de redação. A guerra é má, a paz é boa.Mas onde está o reconhecimento de que a verdadeira paz só vem de Cristo, Rei das Nações? Parece que foi substituído por um genérico “espírito de fraternidade”, com sabor ONU.
 
Rejeição da Pena de Morte: Roma Corrige a Escritura?Ao reiterar a rejeição da pena de morte, Leão XIV alinhou-se à heresia moral de seus predecessores. O Concílio de Trento, São Tomás, e até Nosso Senhor — que morreu sob sentença legal — são descartados em nome de uma “ética do cuidado”.
Alguém avise a São Paulo que ele estava errado em Romanos 13, por favor.
 
Nomeação da Irmã Tiziana Merletti: Sororidade Sinodal em Ação.Como nova Secretária do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada, foi nomeada a Ir. Tiziana Merletti, conhecida por seu trabalho... sinodal.Nada de doutrina, nada de fundações sólidas. Apenas gestão emocional, com empatia horizontal e “vozes diversas”.Não seria surpresa se o próximo passo fosse um sínodo com freiras feministas sobre “a maternidade cósmica da Igreja”.

Leão XIV: O Leão de Pelúcia da Nova Religião. O pontificado de Leão XIV, em seus primeiros gestos, confirma a continuidade da ruptura. Não há nada de verdadeiramente católico em suas palavras ou sinais iniciais.Trata-se de mais uma peça no teatro pós-conciliar: a liturgia como performance, a doutrina como “narração plural”, e a missão como “diálogo não invasivo”.Ou, como diria um velho pastor alemão: Wir haben keine Kirche mehr.