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sábado, 3 de agosto de 2024

Reforma litúrgica - Revolucionária missa de Paulo VI

Uma data marcante na história da Missa Tradicional, também conhecida como Missa Tridentina, é o 14 de julho de 1570, quando o Papa Pio V promulgou a bula papal "Quo Primum Tempore".

Essa bula oficializou o Missal Romano que estabeleceu a forma da Missa que seria celebrada na Igreja Católica Latina por quase 400 anos. Esse rito, que ficou conhecido como Missa Tridentina, devido ao Concílio de Trento (1545-1563), foi padronizado com o objetivo de unificar a liturgia em toda a Igreja Católica Romana e evitar variações regionais que haviam surgido ao longo dos séculos.

Alguns pontos importantes sobre a Missa Tridentina:

Celebrada em Latim: A Missa Tridentina foi celebrada exclusivamente em latim, exceto por algumas partes, como a homilia, que poderiam ser proferidas na língua local.
Orientação Ad Orientem: O sacerdote celebrava a Missa voltado para o altar, na mesma direção que os fiéis, simbolizando que todos estão voltados para Deus.
Ritual Detalhado e Rígido: A Missa Tridentina era caracterizada por um rito muito detalhado, com gestos, posturas e orações fixas, que davam uma ênfase solene à celebração.
Uso Extensivo do Canto Gregoriano: O canto gregoriano era uma parte integral da liturgia, com as partes do Ordinário da Missa cantadas em latim.
Silêncio e Reverência: A Missa Tridentina incluía longos períodos de silêncio e um foco intenso na reverência, com muitas das orações ditas em voz baixa pelo sacerdote.

A Missa Tridentina permaneceu como a forma padrão da Missa até as reformas litúrgicas do Concílio Vaticano II (1962-1965), após as quais foi substituída pela Missa do Novus Ordo, embora ainda seja celebrada em certas comunidades católicas com aprovação especial.

Em 4 de dezembro de 1963 o Papa Paulo VI promulgou a constituição conciliar "Sacrosanctum Concilium", durante o Concílio Vaticano II o qual reformou a liturgia da Igreja Católica e introduziu mudanças significativas na celebração da Missa.

As principais mudanças incluem:

Uso da língua vernácula: Antes do Vaticano II, a Missa era celebrada exclusivamente em latim. A "Sacrosanctum Concilium" permitiu o uso das línguas locais, tornando a liturgia mais acessível aos fiéis.
Participação ativa dos fiéis: O documento incentivou a participação ativa dos fiéis na liturgia, promovendo um maior envolvimento da comunidade na celebração.
Revisão das orações e ritos: O missal foi revisado para simplificar e tornar mais compreensíveis as orações e ritos da Missa.
Reordenação das leituras bíblicas: Houve uma expansão das leituras bíblicas, permitindo que os fiéis fossem expostos a uma maior variedade de textos da Escritura ao longo do ano litúrgico.