No artigo "The Novus Ordo is Rhetorical Religion", Michael Hickman argumenta que a reforma litúrgica do Novus Ordo, implementada após o Concílio Vaticano II, transformou a religião em um modelo retórico. Isso significa que a ênfase foi colocada na adaptação da apresentação da fé para torná-la mais atraente ao mundo moderno, separando os elementos "essenciais" dos "não essenciais" da Missa. Hickman sugere que essa abordagem busca modificar aspectos não essenciais para melhorar a recepção da mensagem, mas acaba comprometendo a integridade e a profundidade da tradição litúrgica. Ele também critica a mudança do foco da liturgia de uma experiência transcendente e centrada em Deus para uma interação mais social e centrada na comunidade, o que, segundo ele, dilui a essência do culto religioso.
Hickman argumenta que a Missa Tradicional é mais autêntica e significativa porque não segue o modelo de "religião retórica". Ele explica que a retórica clássica envolve a apresentação do caráter do orador (ethos), a coerência racional da mensagem (logos) e os sentimentos provocados nos ouvintes (pathos). Na religião retórica, a mensagem (logos) é separada da apresentação (ethos e pathos), resultando em uma experiência religiosa menos autêntica.
Hickman critica a adaptação da Igreja à modernidade e ao liberalismo, afirmando que isso enfraquece a conexão histórica e concreta com a tradição. Ele defende a preservação da Missa Tradicional como um meio de manter a continuidade existencial com o passado e a verdadeira essência da fé católica.