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Livro - O Papa Político: Como o Papa Francisco está deliberadamente dividindo a Igreja.., de George Neumayr

George Neumayr, jornalista e autor conservador, publicou em 2017 O Papa Político (The Political Pope), um livro que analisa criticamente o papado de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, desde a sua eleição em 2013. O subtítulo do livro, Como o Papa Francisco está deliberadamente dividindo a Igreja enquanto favorece os inimigos da civilização ocidental, já indica o tom da obra, que se posiciona como uma crítica contundente à direção política e teológica adotada pelo pontífice argentino.

Neumayr argumenta que o Papa Francisco representa uma ruptura significativa com seus predecessores, especialmente João Paulo II e Bento XVI, que, segundo ele, foram defensores firmes da tradição católica e dos valores da civilização ocidental. Francisco, por outro lado, seria descrito como um "progressista radical", com uma agenda focada em causas políticas e sociais que, na visão do autor, distorcem os ensinamentos tradicionais da Igreja.

O livro não se limita apenas a críticas às posturas do Papa sobre questões doutrinárias, mas também avalia seu alinhamento com políticas e movimentos de esquerda em âmbito global. Neumayr argumenta que o Papa tem priorizado uma agenda politicamente progressista em detrimento de seu papel como líder espiritual.

Neumayr sustenta que o Papa Francisco tem se concentrado mais em questões políticas do que em liderar a Igreja Católica em um sentido espiritual. Ele critica o pontífice por enfatizar temas como mudanças climáticas, redistribuição de riqueza, imigração e justiça social, temas que o autor interpreta como alinhados com ideologias de esquerda.Francisco é retratado como alguém que promove uma visão política que ecoa as ideias de líderes progressistas e marxistas.
Neumayr considera que a encíclica Laudato Si’, sobre o cuidado com a casa comum, é um exemplo claro dessa priorização de uma agenda ambientalista em detrimento da espiritualidade.

Um ponto central no livro é a alegada simpatia de Francisco por regimes autoritários de esquerda e líderes populistas. Neumayr menciona, por exemplo, a proximidade do Papa com figuras como Evo Morales e sua postura branda em relação ao regime de Nicolás Maduro, na Venezuela.O autor também critica a aparente falta de condenação de Francisco ao comunismo, que ele considera historicamente incompatível com os valores cristãos.

Neumayr argumenta que Francisco tem minado a tradição doutrinária da Igreja ao tentar reinterpretar ou flexibilizar ensinamentos centrais. Ele cita como exemplos:A controvérsia em torno da exortação apostólica Amoris Laetitia (2016), especialmente no que diz respeito à comunhão para divorciados e recasados.
O foco em construir "pontes" com outras religiões e movimentos sociais, que, na visão do autor, enfraquece a missão de evangelização da Igreja.

Outro tema recorrente é a divisão interna que o Papa Francisco teria fomentado dentro da Igreja Católica. Neumayr observa que muitos clérigos e fiéis têm expressado preocupação com a direção teológica e pastoral adotada pelo pontífice, levando a uma polarização crescente entre conservadores e progressistas.Ele menciona a resistência de cardeais conservadores, como Raymond Burke, e movimentos que pedem maior clareza sobre temas controversos.

Neumayr analisa também as influências intelectuais e teológicas que moldaram o pensamento de Jorge Bergoglio. Ele argumenta que a formação do Papa foi fortemente influenciada pela Teologia da Libertação, um movimento teológico que combina elementos do marxismo com a fé cristã.

O estilo de Neumayr no livro é direto, crítico e muitas vezes polêmico. Ele acusa Francisco de ser um "Papa político" que transformou o Vaticano em uma plataforma para promover uma agenda progressista global, em vez de defender os valores tradicionais da Igreja. Neumayr também critica a mídia secular por, segundo ele, tratar Francisco como uma figura intocável, ignorando os impactos negativos de suas políticas dentro e fora da Igreja.