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quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Críticas à sinodalidade - Padre Giorgio Maria Farè

Padre Giorgio Maria Farè é um sacerdote católico italiano conhecido por sua atuação na espiritualidade, pregação e divulgação da doutrina cristã. Ele é membro da Congregação dos Servos da Caridade, uma ordem religiosa fundada por São Luigi Guanella, e seu trabalho é voltado para a formação espiritual e o acompanhamento pastoral.

Padre Farè é especialmente reconhecido por suas pregações e homilias disponíveis em diversos meios de comunicação, incluindo vídeos e gravações que se espalham pela internet. A sua missão pastoral inclui o cuidado das almas por meio do sacramento da confissão e do aconselhamento espiritual, com um foco na devoção à Virgem Maria, ao Sagrado Coração de Jesus e à Eucaristia.

Críticas às ações e declarações do Papa Francisco

Padre Giorgio Maria Farè tem se manifestado em diversas ocasiões com críticas às ações e declarações do Papa Francisco. Ele é conhecido por ter uma abordagem mais tradicional da doutrina católica e por expressar preocupações sobre as mudanças e posturas adotadas pelo pontífice, especialmente no que tange à interpretação de temas relacionados à moral, à liturgia e à doutrina.

Padre Farè questiona a flexibilização em relação a temas como:

Doutrina moral: especialmente em relação à família, ao casamento, e à abordagem da Igreja sobre questões contemporâneas como o divórcio e a homossexualidade.
Liturgia: o sacerdote defende uma liturgia mais tradicional e reverente, enquanto vê com reservas algumas mudanças litúrgicas que, em sua opinião, podem diluir a solenidade e o caráter sagrado das celebrações.
Abertura ao diálogo inter-religioso e pastoral: ele vê com desconfiança algumas das iniciativas de diálogo de Papa Francisco com outras religiões e grupos, temendo que isso possa comprometer a clareza e a firmeza da fé católica.

Críticas em relação à sinodalidade

O Padre Giorgio Maria Farè expressou críticas em relação à sinodalidade, uma das principais bandeiras do pontificado do Papa Francisco. A sinodalidade, como proposta pelo Papa, enfatiza uma maior participação de todos os membros da Igreja — clérigos e leigos — na tomada de decisões, promovendo um caminho de escuta, discernimento e corresponsabilidade.

Razões

Temor de diluição da autoridade: 
Padre Farè, assim como outros tradicionalistas, teme que a sinodalidade possa ser interpretada como uma tentativa de relativizar a autoridade hierárquica da Igreja, especialmente a do Papa e dos bispos, em favor de uma abordagem mais democrática e horizontal. Eles acreditam que isso poderia enfraquecer a clareza e a firmeza das decisões doutrinárias, com o risco de abrir espaço para ideias que contrariam a tradição.

Questões doutrinárias: 
Há preocupações de que a sinodalidade possa abrir portas para mudanças doutrinárias em áreas sensíveis, como o papel das mulheres na Igreja, a moral sexual e a abordagem pastoral em relação a pessoas divorciadas e casais do mesmo sexo. Padres como Farè temem que um processo de escuta mais aberto possa resultar em pressões para flexibilizar ensinamentos que, segundo eles, devem permanecer imutáveis.

Desconfiança sobre o processo de escuta: 
Alguns críticos questionam a eficácia real do processo sinodal, sugerindo que ele pode ser manipulado para promover uma agenda reformista dentro da Igreja. Padre Farè pode ver esse movimento como uma tentativa de legitimar mudanças que muitos conservadores consideram incompatíveis com a tradição católica.

Assim, ele se alinha a uma postura que enfatiza a necessidade de preservação da tradição e do papel central da hierarquia eclesiástica na condução da Igreja.