21 mar - SEXTA-FEIRA DA 2ª SEMANA DA QUARESMA


Epístola (Gen 37, 6-22)
Livro do Gênesis. Naqueles dias, disse José a seus irmãos: Escutai o sonho que tive: Parecia-me que convosco eu ligava feixes, no campo, e que meu feixe se levantava e ficava de pé; enquanto vossos feixes, rodeando o meu, prostravam-se, adorando-o. Responderam seus irmãos: Serás porventura nosso rei? E seremos nós submetidos a teu poder? Estes sonhos e estas conversas alimentavam a inveja e o ódio que dele tinham. Teve ainda [José] outro sonho, que assim contou aos irmãos: Vi, em sonhos, que o sol, a lua e onze estrelas pareciam me adorar! Quando ele narrou este sonho a seu pai e a seus irmãos, seu pai, o repreendeu e lhe disse: Que significará este sonho que tiveste? Será que eu, tua mãe e teus irmãos, nos curvaremos diante de ti na terra? Invejavam-no assim os seus irmãos; porém o pai considerava em silêncio todas estas coisas. Como seus irmãos se achassem em Siquém para fazer pascer os rebanhos de seu pai, disse Israel [Jacó] a José: Teus irmãos levaram as ovelhas a pastar em Siquém; vem e eu te enviarei a eles. Ao que ele respondeu: Estou pronto. E disse-lhe Jacó: Vai e vê se teus irmãos estão bem e também seus rebanhos, e dize-me depois quanto se passa, Tendo sido enviado do vale do Hebron, chega a Siquém. Um homem, encontrando-o a errar pelo campo, perguntou-lhe o que procurava. Ele respondeu: Procuro meus irmãos; indica-me onde pascem suas ovelhas. Esse homem lhe respondeu: Retiraram-se deste lugar e ouvi-os dizer: Vamos a Dotain. Seguiu, pois, José a seus irmãos e os encontrou em Dotain. Quando estes o viram de longe, antes que se aproximasse deles, planejaram matá-lo; e diziam uns aos outros: Vede, aí vem o sonhador; vinde, matemo-lo e joguemo-lo numa velha cisterna. Diremos que um animal feroz o devorou e depois veremos para que serviram seus sonhos. Ouvindo isto, Ruben procurava livrá-lo de suas mãos e dizia-lhes. Não o mateis, nem derrameis seu sangue; jogai-o antes nesta cisterna, que está no deserto, conservando puras as vossas mãos. Ele dizia isto, querendo tirá-lo de suas mãos para o reconduzir a seu pai.

Evangelho (Mt 21, 33-46)
Naquele tempo, disse Jesus às turbas dos judeus e aos príncipes dos sacerdotes esta parábola: Havia um pai de família que plantara uma vinha, rodeando-a de uma sebe; e cavando um lagar, ali construiu uma torre. Alugando-a depois a lavradores, partiu para um país longínquo. Quando se aproximou o tempo da colheita, enviou seus servos aos lavradores para recolherem os frutos da vinha. Os lavradores, porém, agarraram seus servos, bateram num deles, mataram o outro e apedrejaram ainda o terceiro. Ele lhes enviou ainda outros servos em maior número que os primeiros e eles os trataram da mesma forma. Por fim, mandou-lhes seu filho, dizendo: respeitarão o meu filho. Vendo, porém, os lavradores, o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro, vinde, matemo-lo e tomemos sua herança. E agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no. Quando vier, pois, o dono da vinha, que fará a esses lavradores? Eles Lhe responderam: Ele fará perecer miseravelmente estes homens maus e alugará sua vinha a outros lavradores que lhe darão frutos, em seu tempo. Disse-lhes Jesus: Já lestes, acaso, nas Escrituras: A pedra que foi desprezada por aqueles que construíam, esta mesma tornou-se a pedra angular? Foi o Senhor quem fez isto, e é coisa admirável a nossos olhos. Por isso digo-vos que o Reino de Deus vos será tirado e será dado a uma nação que produza seus frutos. E aquele que cair sobre esta pedra será feito em pedaços, e aquele sobre quem ela cair, por ela será esmagado. Quando os príncipes dos sacerdotes e fariseus ouviram estas parábolas, compreenderam que Jesus se referia a eles. E procurando prendê-Lo, temeram as as multidões, porque elas O olhavam como a um Profeta.