O movimento de Resistência católica é composto por clérigos e leigos que se distanciaram da FSSPX por acreditarem que esta havia abandonado seus princípios fundadores de oposição às reformas modernistas introduzidas pelo Concílio Vaticano II. Esse grupo, que inclui padres como o próprio Cardozo, defende uma preservação rigorosa da liturgia tradicional (especialmente a Missa Tridentina) e dos ensinamentos tradicionais da Igreja.
A postura mais conciliatória de Dom Bernard Fellay em relação ao Vaticano foi um dos principais motivos que levaram ao surgimento do movimento de resistência dentro da Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX). Mesmo mais recentemente em entrevistas, ele destacou a importância do diálogo e da cooperação com o Vaticano. Dom Bernard Fellay é um bispo suíço e foi o Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX) de 1994 até 2018. Ele foi ordenado sacerdote em 1982 pelo Arcebispo Marcel Lefebvre e, em 1988, foi consagrado bispo pelo mesmo arcebispo, juntamente com outros três sacerdotes. Essa consagração ocorreu sem a permissão do Papa, o que resultou em excomunhão automática para todos os envolvidos. Em 2009, a excomunhão foi revogada pelo Papa Bento XVI.
Por outro lado, Padre Ernesto Cardozo não é amplamente identificado como sedevacantista. Ele permanece crítico das reformas pós-conciliares, mas não há evidências de que adote a visão de que a Santa Sé está vacante, posição comum entre os sedevacantistas. Sua abordagem é mais próxima de uma defesa rigorosa da tradição católica em contraste com as práticas modernistas, sem declarar explicitamente que os papas pós-conciliares não são legítimos.
Após sua saída da FSSPX, Padre Cardozo passou a atuar de forma independente, celebrando os sacramentos segundo o rito tradicional e ministrando orientações espirituais baseadas na doutrina tradicionalista.
Ele manteve vínculos com outros sacerdotes e bispos da Resistência, como Dom Richard Williamson, uma das figuras centrais deste movimento.