O livro "Em que o Vaticano II mudou a Igreja" de Agenor Brighenti aborda o impacto e as mudanças promovidas pelo Concílio Vaticano II (1962-1965) na Igreja Católica. O autor é um teólogo brasileiro defensor do novus ordo, mas ao contrário dos seus companheiros, ele defende que o Concílio foi um evento transformador e ruptivo com a tradição.
Visão Progressista: Brighenti é conhecido por seu viés progressista e simpatia pela teologia da libertação, o que pode levar alguns críticos mais conservadores a considerar sua abordagem tendenciosa. Eles argumentam que o autor se concentra demasiadamente nos aspectos "revolucionários" do Vaticano II.
Descontinuidade: Brighenti enfatiza a ideia de descontinuidade, sugerindo que o Concílio Vaticano II representou uma ruptura significativa com a tradição anterior da Igreja. Essa visão sugere que o Concílio trouxe mudanças tão profundas que marcaram um novo começo na história da Igreja.
Ruptura Teológica: A ênfase na descontinuidade pode ser vista como uma ruptura teológica, onde as doutrinas e práticas anteriores são consideradas obsoletas ou menos relevantes. Isso pode levar a uma percepção de que a Igreja pré-Vaticano II estava fundamentalmente errada ou incompleta.
Impacto na Tradição: A tradição da Igreja é vista como um desenvolvimento orgânico e contínuo. A ideia de descontinuidade pode minar essa visão, sugerindo que houve uma quebra abrupta em vez de uma evolução natural.