08 JULHO - S. ISABEL, RAINHA DE PORTUGAL, Viúva


Missa comum não virgens não mártires 2

Santa Isabel de Portugal, nascida em 1271, era filha do rei Pedro III de Aragão. Casou-se em 1282 com D. Dinis, rei de Portugal, com quem teve dois filhos, Afonso e Constança. Dedicou sua vida à caridade, à oração e à promoção da paz, destacando-se como mediadora em conflitos, como entre seu marido e seu filho Afonso, e entre reinos vizinhos. Após a morte de D. Dinis em 1325, ingressou como terciária franciscana no convento de Santa Clara, em Coimbra, onde viveu em penitência e devoção. Faleceu em 4 de julho de 1336, em Estremoz, e foi canonizada em 1625 pelo Papa Urbano VIII.

"Meus queridos filhos em Cristo, eu, Isabel, vos falo com o coração cheio de amor que sempre busquei refletir do meu Salvador. Neste mundo agitado, onde o orgulho e a discórdia dividem corações, vos exorto a cultivar a paz, começando em vossas famílias e comunidades. Amai os pobres e aflitos, não apenas com palavras, mas com gestos concretos de caridade. Que vossa vida seja uma entrega humilde à vontade de Deus, pois é na cruz do serviço aos outros que encontrareis a verdadeira alegria. Permanecei firmes na oração, confiando na Virgem Maria, que sempre me sustentou."

Não há registro de uma homilia específica de um Doutor da Igreja sobre Santa Isabel de Portugal, dado que sua canonização ocorreu no século XVII, após o período de vida da maioria dos Doutores clássicos. Contudo, São João Crisóstomo, em sua Homilia sobre a Caridade (Homilia 10 sobre a Primeira Epístola aos Coríntios), exalta a virtude da caridade, que Santa Isabel tão perfeitamente encarnou: “A caridade é a rainha das virtudes; ela cobre uma multidão de pecados e une os corações a Deus. Quem ama o pobre, ama a Cristo, e quem busca a paz, imita o Príncipe da Paz.” Estas palavras ressoam com a vida de Santa Isabel, que dedicou sua existência ao serviço dos necessitados e à reconciliação.