Missa Communi Confessoris non Pontificis 1
Nascido em 16 de maio de 1540, na humilde Torre Hermosa, no reino
de Aragão, Espanha, durante a festa de Pentecostes, Pascoal Bailão recebeu seu
nome em honra à “Páscoa do Espírito Santo”. Ingressou na Ordem dos Frades
Menores da Reforma Alcantarina como irmão leigo em 2 de fevereiro de 1564, após
anos de vida como pastor. Faleceu em 17 de maio de 1592, também em Pentecostes,
na cidade de Vila Real, Valência. Foi beatificado em 29 de outubro de 1618 por
Paulo V e canonizado em 16 de outubro de 1690 por Alexandre VIII. Em 1897, Leão
XIII declarou-o patrono das devoções e congressos eucarísticos, celebrando sua
festa no dia 17 de maio, conforme o calendário tridentino.
Ó alma inflamada pelo amor divino, Pascoal Bailão, humilde pastor de ovelhas,
tornou-se um farol da graça na simplicidade de sua vida! Desde a infância, sua
alma ardia pela Eucaristia, e, mesmo iletrado, o Espírito Santo o dotou de
sabedoria para defender a presença real de Cristo contra os erros de seu
tempo. Como irmão leigo franciscano, abraçou a pobreza e a penitência,
mortificando o corpo para elevar o espírito, muitas vezes em êxtase diante do
Santíssimo Sacramento. Sua vida de oração era um sacrifício vivo, e sua
caridade, um reflexo do coração de Cristo, pois servia a todos como porteiro e
esmoler, com paciência e mansidão. Ele não buscava glória, mas apenas unir-se
ao Salvador no altar, vivendo para adorar o mistério do Corpo e Sangue.
Entre as obras atribuídas a São Pascoal Bailão, destaca-se sua coletânea de
pequenos tratados sobre a Eucaristia, nos quais expressa sua profunda devoção
e compreensão teológica do Sacramento, apesar de sua simplicidade. Esses
escritos, embora modestos, são considerados um compêndio da doutrina
eucarística, ganhando-lhe o título de “teólogo da Eucaristia”. Um texto
representativo, extraído de suas reflexões, revela sua espiritualidade: “Ó
Sacramento sublime, em que Deus se esconde para se dar aos humildes! Quem
contempla este mistério com fé encontra a vida eterna, pois Cristo, presente
no pão, é o alimento da alma que anseia por Deus.” Este trecho, inspirado em
sua vida de adoração, ecoa a chama de sua fé, que iluminou muitos corações.