13 JUNHO - S. ANTÔNIO DE PÁDUA, Confessor


Nascido em Lisboa, por volta de 1195, Santo Antônio, batizado como Fernando de Bulhões, ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1220, adotando o nome Antônio em honra ao abade do deserto. Sua missão evangelizadora o levou a pregar em Portugal, Itália e sul da França, destacando-se por sua eloquência e sabedoria. Faleceu em Pádua, em 13 de junho de 1231, aos 36 anos, sendo canonizado menos de um ano após sua morte, em 30 de maio de 1232, pelo Papa Gregório IX. Foi proclamado Doutor da Igreja em 1946, pelo Papa Pio XII, recebendo o título de Doctor Evangelicus.
A alma de Santo Antônio foi forjada no ardor da caridade e na humildade profunda, buscando imitar a Cristo pobre e crucificado. Abandonando os confortos de sua nobre origem, abraçou a vida franciscana, dedicando-se à pregação do Evangelho com fervor que inflamava corações. Sua sabedoria, alimentada pela oração e pelo estudo das Escrituras, era um dom do Espírito, usado para converter pecadores, confundir hereges e consolar os aflitos. Sua vida foi um reflexo da verdade divina, vivendo em pobreza voluntária e confiança absoluta na Providência, enquanto sua compaixão pelos pobres e oprimidos o tornava um espelho da misericórdia de Deus.
Entre as obras atribuídas a Santo Antônio, destacam-se seus Sermões, compilados em Sermones Dominicales et Festivi, nos quais sua pregação brilha como luz para os fiéis. Um trecho representativo, extraído de um de seus sermões sobre a conversão, reflete sua visão espiritual: “Ó pecador, volta ao coração! Por que te afastas de teu Criador, que te formou para a glória? Converte-te, e o Senhor te acolherá com braços abertos, pois Sua misericórdia é maior que teus delitos.” 

Introito
Salmos 36, 30-31. Os justi meditábitur sapi éntiam, et lingua ejus loquétur judícium... A boca do justo meditará a sabedoria, e a sua língua falará o juízo: a lei do seu Deus está no seu coração. Salmo ibid., 1. Não te invejes dos malignos, nem tenhas zelo dos que praticam a iniquidade.

Leitura 1 Coríntios 4, 9-14.
Irmãos: Tornamo-nos espetáculo para o mundo, para os anjos e para os homens. Nós somos loucos por causa de Cristo, vós, porém, sois prudentes em Cristo; nós somos fracos, vós, porém, sois fortes; vós sois nobres, nós, porém, desprezíveis. Até esta hora padecemos fome, sede, nudez, somos esbofeteados e andamos errantes; trabalhamos com nossas próprias mãos; somos amaldiçoados, e bendizemos; somos perseguidos, e suportamos; somos blasfemados, e suplicamos. Tornamo-nos como a escória deste mundo, o refugo de todos, até agora. Não escrevo estas coisas para vos confundir, mas para vos advertir como a meus filhos muito amados, em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Evangelho Lucas 12, 35-40.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Estejam vossos rins cingidos e as lâmpadas acesas em vossas mãos, e vós semelhantes a homens que esperam o seu senhor, quando voltar das núpcias, para que, quando ele vier e bater, logo lhe abram. Bem-aventurados aqueles servos que, quando o senhor vier, encontrar vigilantes. Em verdade vos digo que ele se cingirá, os fará sentar à mesa e, passando, os servirá. E se vier na segunda vigília, ou na terceira vigília, e assim os encontrar, bem-aventurados são aqueles servos. Sabei, porém, que, se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada. Estai vós também preparados, porque, na hora em que não pensais, o Filho do Homem virá.