12 JUNHO - Ss. BASÍLIDES E COMPANHEIROS, Mártires


Santos Basílides, Cirino, Nabor e Nazário, Mártires
Segundo a tradição, sofreram o martírio sob o imperador Diocleciano, entre 303 e 311, na cidade de Roma, sendo decapitados após cruéis tormentos por sua fé inabalável. Embora o Concilio Vaticano II tenha removido sua comemoração conjunta do calendário romano geral em 1969, no rito tridentino sua memória permanece viva, recordando o sacrifício desses soldados de Cristo. Estes santos, cuja vida foi forjada no crisol da perseguição, exemplificam a coragem que brota da fé ardente. Como soldados romanos, segundo a tradição, renunciaram às honras mundanas para abraçar a cruz de Cristo, enfrentando flagelos e morte com serenidade celestial. Sua vida espiritual foi um reflexo da caridade perfeita, pois, ao confessarem o nome de Jesus, mostraram que o amor a Deus supera todo temor humano. Em sua firmeza, vemos a graça divina que transforma corações, conduzindo-os a oferecer a própria vida como holocausto, para que a Igreja fosse edificada sobre o sangue dos mártires. Sua memória é preservada no Martyrologium Hieronymianum, um dos mais antigos registros de mártires, que lista seus nomes entre os heróis da fé sepultados na Via Aurelia. Um texto representativo, que ecoa o espírito de seu martírio, pode ser extraído do Sacramentarium Gelasianum, onde se invoca: “Romæ, via Aurelia miliario V, Basiledis, Cirini, Nabori, Nazari”. Esta invocação, presente no cânon da missa, reflete a veneração antiga por esses santos, cuja entrega ressoa como um hino eterno à glória de Deus, unindo a Igreja militante à triunfante.

Intróito
(Sl 78, 11-12.10) Chegue à tua presença, Senhor, o gemido dos cativos: retribui aos nossos vizinhos sete vezes no seio deles: vinga o sangue de teus Santos, que foi derramado. (Sl 78,1) Ó Deus, as nações invadiram a tua herança: profanaram teu templo santo: fizeram de Jerusalém um pomar de guardas.

Epístola (Hb 10, 32-38)
Irmãos: Lembrai-vos dos dias passados, nos quais, depois de iluminados, sustentastes grande combate de sofrimentos: ora, feitos espetáculo com opróbrios e tribulações; ora, tornados companheiros dos que assim foram tratados. Pois também compadecestes dos encarcerados, e aceitastes com alegria o roubo dos vossos bens, sabendo que tendes uma substância melhor e permanente. Não percais, portanto, a vossa confiança, que tem uma grande recompensa. Necessitais, com efeito, de paciência, para que, fazendo a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Pois ainda um pouco, bem pouco, aquele que há de vir virá, e não tardará. Mas o meu justo viverá pela fé.

Evangelho (Mt 24, 3-13)
Naquele tempo: Estando Jesus sentado no monte das Oliveiras, vieram a Ele os discípulos, em particular, dizendo:"Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e da consumação do mundo?"E Jesus, respondendo, disse-lhes:"Vede que ninguém vos engane.Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo. E enganarão a muitos.Ouvireis falar de guerras e rumores de guerras. Olhai, não vos assusteis. É necessário que isso aconteça, mas ainda não é o fim.Porque se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá pestes, fomes e terremotos em diversos lugares.Mas todas essas coisas são o princípio das dores.Então vos entregarão à tribulação e vos matarão, e sereis odiados por todas as nações por causa do meu nome.E então muitos se escandalizarão, e trair-se-ão mutuamente, e mutuamente se odiarão.E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo."

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