In nómine Jesu omne genu flectátur, cœléstium, terréstrium et infernórum: quia Dóminus factus est obœdiens usque ad mortem, mortem autem crucis... Ao Nome de Jesus se dobrem os joelhos de todos os que estão no céu, na terra e debaixo da terra, porque o Senhor se fez obediente até a morte e morte de Cruz; por isto o Senhor Jesus Cristo está na glória de Deus Padre. Ps. Senhor, ouvi a minha oração e chegue até Vós o meu clamor. — Ao Nome…
I Leitura (Is 62, 11; 63, 1-7)
Leitura do Profeta Isaías.Assim diz o Senhor Deus: Dizei à filha de Sião: Eis que teu Salvador aí vem; e a sua recompensa com Ele virá. Quem é aquele que vem de Edom, de Bosra, com as vestes tintas de sangue? Ele é formoso em seu traje e se aproxima na plenitude de sua fôrça. Eu sou Aquele que promete justiça, e venho para defender e salvar. Porque é rubro o teu vestido e as tuas vestes são como as daqueles que espremem num lagar? A espremer no lagar estive só, e nenhum homem entre os povos esteve comigo. Eu os machuquei em meu furor e os esmaguei em minha cólera e o seu sangue salpicou o meu vestido, manchando todas as minhas roupas. Porque eu planejei o dia da vingança e o ano de minha redenção é chegado. Olhei em volta de mim e não havia ninguém para me ajudar; procurei e não achei socorro. Então salvou-me o meu braço e minha própria cólera me deu forças. Esmaguei os povos em meu furor, fi-los cambalear, em minha ira, e prostrei em terra a sua força. Das misericórdias do Senhor eu me lembrei, e O louvarei, por tudo quanto me fez, Ele, o Senhor, nosso Deus.
II Leitura (Is 53, 1-12)
Leitura do Profeta Isaías.Naqueles dias, disse Isaías: Senhor, quem teria acreditado no que ouvimos [sobre o Messias]? E a quem foi revelado o braço do Senhor? Ele se elevou como um arbusto e como uma raiz que saí da terra árida; não tem beleza nem forma; nós O vimos e não há nele atrativo que O torne desejável. Ele é desprezado, e o último dos homens, um homem de dores que conhece o sofrimento; como encoberta está a sua face e desprezada a ponto de não nos merecer apreço. Em verdade, Ele suportou os nossos sofrimentos e tomou sobre Si as nossas dores [castigo dos nossos pecados] e nós O considerávamos como um leproso, um que foi ferido por Deus e humilhado. E no entanto Ele foi ferido por causa de nossas maldades e despedaçado por causa de nossos crimes. O castigo que nos proporcionaria a paz caiu sobre Ele e fomos curados por suas chagas. Todos nós estávamos dispersos como ovelhas; cada um se havia desviado em seu caminho. O Senhor colocou sobre Ele a iniquidade de todos nós. Foi imolado, porque Ele mesmo o quis e não se lamentou. Como uma ovelha que levam à matança ou um cordeiro ante o que o tosquia, assim Ele emudece, e não abre a boca. Depois do cárcere e do julgamento foi eliminado. Quem contará a sua descendência? Porque Ele foi arrancado da terra dos vivos. Eu [Deus] O feri pelos crimes de meu povo. Junto aos ímpios Lhe dão sepultura e ao lado dos ricos [ladrões] O deixam morrer. Ele não cometeu maldade, nem a mentira esteve jamais em sua boca. O Senhor O quis ferir, no entanto, pelo sofrimento. Quando tiver dado a sua vida pelo pecado, Ele verá uma longa descendência e a vontade do Senhor será por Ele bem cumprida. Por isso que a sua alma sofreu, Ele verá e ficará saciado. Por que muitos o conhecem, Ele mesmo, Servo justo, justificará a muitos homens e tomará sobre Si as suas iniquidades [dos homens]. Eis porque eu Lhe darei uma grande multidão [de discípulos] por partilha e Ele distribuirá os despojos dos fortes porque entregou a sua alma à morte [deu a sua vida]. E foi enumerado entre os celerados porque tomou sobre Si os pecados de muitos e intercedeu pelos pecadores.
Paixão (Lc 22, 39-71 e 23, 1-53)
Naquele tempo: Saindo Jesus, foi conforme tinha costume, ao monte das Oliveiras; e seus discípulos O seguiram. E quando chegou àquele sítio, disse-lhes Jesus: Orai, para não cairdes em tentação. E sozinho, afastou-se deles a uma distância de um tiro de pedra, e pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice; não se faça, no entanto, a minha vontade, mas a tua. Apareceu-Lhe então um Anjo do céu que O confortou. E cheio de angústia orava com mais instância. Seu suor tornou-se como gotas de sangue, caindo em terra. Erguendo-se, depois da oração, veio a seus discípulos e achou-os a dormir, sucumbidos pela tristeza. E disse-lhes: Por que dormis? Erguei-vos e orai, para não entrardes em tentação. Enquanto falava, eis que chega a turba; um dos doze, chamado Judas, a precedia; e aproximando-se de Jesus O beijou. Jesus, porém, lhe disse: Judas, com um ósculo entregas o Filho do homem? Vendo isto,
os que estavam com Jesus, pensaram no’ que ia suceder e disseram-Lhe: Senhor, feriremos com a espada? E um deles feriu um servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. Jesus, tomando a palavra, disse: Deixai; é bastante. E tendo tocado a orelha do servo, curou-a. Disse depois Jesus aos que vinham contra Ele, príncipes dos sacerdotes, magistrados do templo e anciãos: Viestes contra mim, como se eu fora um ladrão, com espadas e paus? Todos os dias estive convosco no templo e não estendestes a mão contra mim; esta é porém a vossa hora e a do poder das trevas. Lançando-Lhe então as mãos, eles O levaram à casa do sumo sacerdote. Pedro, porém, O seguiu de longe. Acendendo lume no meio do pátio, todos se assentaram em volta; e estava Pedro no meio deles. E como uma criada o visse, sentado no lume, olhando-o fixamente, disse: Também este estava com Ele. Ele porém, negou, dizendo: Mulher, não O conheço. E passados poucos momentos, um outro, vendo-o, disse-lhe: Também tu és um deles. Pedro porém, respondeu: Homem, não sou. E com intervalo apenas de uma hora, um outro garantia o mesmo, dizendo: Certo, este homem estava com Ele; pois é galileu. E Pedro respondeu: Homem, não sei que dizes. E logo, enquanto ainda falava, o galo cantou. Voltando-se, o Senhor olhou para Pedro. E este recordou-se da palavra do Senhor como a dissera: Antes que o galo cante, três vezes tu me negarás. E saindo, Pedro chorou amargamente. Os homens que guardavam a Jesus, escarneciam d’Ele, batendo-Lhe. Velando-Lhe o rosto, davam-Lhe em sua face interrogando-O: Adivinha, quem foi que Te bateu? E muitas outras blasfêmias diziam contra Ele. Quando se fez dia, reuniram-se os anciãos do povo, os príncipes dos sacerdotes e os escribas e tendo-O levado a seu conselho, disseram-Lhe: Se Tu és o Cristo, díze-no-lo. E Ele respondeu: Se eu vo-lo disser não acreditais em mim; se eu vos interrogo, não me respondeis e não me haveis de soltar. Passando porém isto, o Filho do homem estará sentado à direita do poder de Deus. Disseram então todos: Tu és então o Filho de Deus? Ele respondeu: Vós o dizeis, Eu o sou. E eles disseram: Que testemunhas precisamos ainda?
Nós mesmos o ouvimos de sua boca. E erguendo-se, todos os da multidão O conduziram a Pilatos. Começaram então a acusar Jesus, dizendo: Encontramos Este a sublevar a nossa gente, impedindo-a de pagar tributo a Cesar e dizendo-se o Cristo, o Rei. Pilatos, porém, O interrogou, dizendo: És Tu o Rei dos judeus? Respondendo, Ele disse: Eu o sou. Disse então Pilatos aos príncipes dos sacerdotes e à multidão: Não acho crime nesse homem. Eles insistiam, entretanto, dizendo: Ele subleva o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia até aqui. Pilatos ouvindo falar em Galileia, perguntou se aquele homem era Galileu. E sabendo que era da jurisdição de Herodes, enviou-O a Herodes, que estava em Jerusalém naqueles dias. Herodes, vendo a Jesus, alegrou-se muito. Ele desejava, havia muito, vê-Lo, porque ouvira muitas coisas sobre Ele e esperava presenciar algum milagre seu. Ele O interrogava, pois, com muitas palavras, mas Jesus nada lhe respondia. Estavam ali, porém, os príncipes dos sacerdotes e os escribas, acusando-O continuamente. Tratou-O então Herodes com desprezo com os de sua guarda; escarnecendo d’Ele, revestiu-O com uma túnica branca e mandou-O novamente a Pilatos. E fizeram-se amigos, Herodes e Pilatos, nesse dia; porque antes eram inimigos, um do outro. Pilatos tendo convocado os príncipes dos sacerdotes, os magistrados e o povo, disse-lhes : Vós me apresentastes este homem como causador de revoltas no meio do povo. Eis que, interrogando-O diante de vós, não achei neste homem crime algum de que O acusais. Nem Herodes também; porque vos enviei a ele e eis que nada existe n’Ele que O torne merecedor de morte. Eu o soltarei pois, logo que O tiver castigado. Pilatos era obrigado, porém, a soltar-lhes no dia da festa, um dos presos. Vociferava, no entanto, toda a multidão, dizendo: Faze Este morrer, e solta-nos Barrabás. Era este um que fora preso por causa de uma revolta feita na cidade, e por um homicídio que cometera. Ainda uma vez falou-lhes Pilatos, querendo livrar a Jesus. Eles, porém, clamavam ainda mais: Crucifica-O, crucifica-O. E pela terceira vez, ele lhes disse: Que mal fez Esse? Nenhuma causa de morte encontro n’Ele; eu O castigarei e depois O soltarei. Eles insistiam entretanto em altos gritos, pedindo que Jesus fosse crucificado. E os seus clamores iam sempre crescendo. Pilatos ordenou que executassem o que eles pediam. Soltou-lhes então o que fora preso por homicídio e sedição a quem reclamavam; e deixou Jesus entregue à vontade deles. E quando O conduziram, detiveram um certo Simão, de Cirene, que voltava do campo, e o obrigaram a levar a cruz, atrás de Jesus. Ora, seguia-O uma grande multidão de homens e mulheres que choravam e O lamentavam. Voltando-se para elas, Jesus disse: Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos. Porque dias chegarão em que se dirá: Felizes as estéreis e as entranhas que não geraram, e os seios que não aleitaram. Então começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós; e às colinas: Cobri-nos. Porque, se assim tratam ao lenho verde, que se fará ao seco? Conduziram então com Jesus, dois outros para serem crucificados. E quando chegaram ao lugar que é chamado Calvário, ali O crucificaram, e aos ladrões, um à sua direita e outro à sua esquerda. Jesus porém, dizia: Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem. E dividindo as suas vestes os soldados lançavam sortes. E estava o povo olhando, e com ele, os príncipes que escarneciam d’Ele, dizendo: A outros salvou; salve a Si mesmo, se é o Cristo, o Eleito de Deus. E também O insultavam os soldados, aproximando-se d’Ele; e ofereciam-Lhe vinagre, dizendo: Se és o Rei dos judeus, salva-Te. Havia por cima da cabeça de Jesus uma inscrição, feita em grego, em latim e em hebraico: Este é o Rei dos judeus. Ora, um dos ladrões que estavam crucificados, blasfemava contra Ele, dizendo: Se Tu és o Cristo, salva-Te a Ti mesmo e a nós. O outro porém, respondendo, censurava-o, dizendo: Também tu não temes a Deus, estando condenado ao mesmo suplício? Ainda por nós é justo, porque recebemos o castigo de nossas culpas. Ele porém não cometeu crime algum. E disse a Jesus: Senhor, lembrai-Vos de mim quando chegardes a vosso Reino. E Jesus lhe disse: Em verdade eu te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso. Era então quase a hora sexta, e trevas cobriam toda a terra, até a hora nona. O sol escureceu: e o véu do templo rasgou-se ao meio. E clamando com voz forte, Jesus disse: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. E dizendo estas palavras, expirou. (Aqui se ajoelha e se faz uma pausa em honra da morte de Nosso Senhor) Vendo então o centurião o que se passava, glorificou a Deus, dizendo: Em verdade este homem era um Justo. E todos os da multidão que assistiam a esse espetáculo e viam o que acontecia, batiam no peito ao regressar. Estavam também à distância todos os que O haviam conhecido, e as mulheres que O haviam seguido da Galileia, vendo estas coisas. E havia um homem chamado José, membro do conselho, homem bom e justo, que não concordara na decisão dos judeus, nem nos atos dos outros; era de Arimateia, cidade da Judeia, e esperava também o Reino de Deus. Ele foi procurar a Pilatos e pediu-lhe o Corpo de Jesus. E tendo-O descido [da Cruz], envolveu-O num lençol e colocou-O num sepulcro talhado na rocha, onde ninguém fora ainda depositado.
Homilias e Explicações Teológicas
A profecia de Isaías, ao retratar o Servo Sofredor, revela a justiça divina que transforma a humilhação em redenção, pois o sofrimento do justo não é vão, mas um sacrifício que purifica a multidão, como o cordeiro que carrega os pecados do povo (Santo Agostinho, Sermões sobre Isaías, 53). A vinda do Salvador em Isaías 62,11, anunciada com glória, é a manifestação do amor divino que, embora triunfante, escolhe a humildade, mostrando que a verdadeira vitória está na entrega total à vontade do Pai (São Bernardo de Claraval, Sermões sobre o Advento, 62). Em Isaías 63, o vinho do lagar simboliza o sangue do Redentor, que, ao esmagar o pecado, não busca vingança, mas redenção, revelando a misericórdia divina que supera a justiça punitiva (São Gregório Magno, Homilias sobre os Profetas, 63). No evangelho de Lucas, a agonia de Cristo no Getsêmani manifesta a perfeita obediência do Filho, que, ao suar sangue, ensina que a verdadeira força reside em abraçar a cruz, unindo a fraqueza humana à divindade (Santo Ambrósio, Comentário ao Evangelho de Lucas, 22). A condenação de Jesus diante de Pilatos e Herodes reflete a rejeição do mundo ao Verbo encarnado, mas também a paciência divina que suporta a injustiça para cumprir o plano salvífico (São João Crisóstomo, Homilias sobre a Paixão, 23). Cada um desses insights aponta para a unidade entre o sofrimento profetizado em Isaías e sua realização em Cristo, onde a dor e a glória se entrelaçam para revelar o mistério da redenção.
Síntese Comparativa com os Evangelhos Sinóticos
O relato da Paixão em Lucas 22,39–23,53 apresenta particularidades quando comparado aos outros sinóticos. Mateus 26,36-46 complementa a agonia no Getsêmani com o detalhe de Jesus encontrando os discípulos dormindo por três vezes, enfatizando a solidão de Cristo em sua angústia. Marcos 14,32-42 adiciona que Pedro, Tiago e João foram especificamente chamados para vigiar, destacando a responsabilidade dos discípulos mais próximos e sua falha em apoiar Jesus. Mateus 27,19 inclui o sonho da esposa de Pilatos, que o adverte sobre a justiça de Jesus, sugerindo uma intervenção divina não mencionada em Lucas. Marcos 15,21 especifica que Simão de Cirene, pai de Alexandre e Rufo, foi forçado a carregar a cruz, dando um contexto pessoal ausente em Lucas. Mateus 27,32-44 detalha as zombarias específicas dos ladrões crucificados, enquanto Lucas 23,39-43 foca na conversão de um deles, destacando a misericórdia de Cristo. Marcos 15,39 registra o centurião declarando Jesus como “Filho de Deus” imediatamente após sua morte, enquanto Lucas 23,47 o chama de “justo”, enfatizando sua inocência. Essas diferenças complementam Lucas ao revelar aspectos da solidão, intervenção divina e impacto imediato da crucificação.
Síntese Comparativa com Textos de São Paulo
Os textos de São Paulo enriquecem o evangelho de Lucas 22,39–23,53 com reflexões teológicas que amplificam o significado da Paixão. Em Filipenses 2,6-11, Paulo descreve a kenosis de Cristo, que, sendo Deus, se humilhou até a morte na cruz, complementando a obediência de Jesus no Getsêmani ao mostrar sua divindade voluntariamente rebaixada. Em Romanos 5,6-11, Paulo destaca que Cristo morreu pelos pecadores, reforçando a universalidade da redenção implícita na crucificação narrada por Lucas. Gálatas 3,13 explica que Jesus se tornou “maldição” ao morrer na cruz, cumprindo a lei e libertando a humanidade, um aspecto teológico que dá profundidade à injustiça da condenação em Lucas. Em 1 Coríntios 1,18-25, Paulo chama a cruz de “loucura” para o mundo, mas “poder de Deus”, iluminando a aparente derrota de Cristo perante Pilatos e Herodes como vitória divina. Finalmente, Colossenses 1,20 afirma que Cristo reconciliou todas as coisas pelo sangue da cruz, expandindo o alcance cósmico da redenção além do foco narrativo de Lucas. Esses textos paulinos oferecem uma lente teológica que revela a cruz como o centro da salvação universal.
Os textos de São Paulo enriquecem o evangelho de Lucas 22,39–23,53 com reflexões teológicas que amplificam o significado da Paixão. Em Filipenses 2,6-11, Paulo descreve a kenosis de Cristo, que, sendo Deus, se humilhou até a morte na cruz, complementando a obediência de Jesus no Getsêmani ao mostrar sua divindade voluntariamente rebaixada. Em Romanos 5,6-11, Paulo destaca que Cristo morreu pelos pecadores, reforçando a universalidade da redenção implícita na crucificação narrada por Lucas. Gálatas 3,13 explica que Jesus se tornou “maldição” ao morrer na cruz, cumprindo a lei e libertando a humanidade, um aspecto teológico que dá profundidade à injustiça da condenação em Lucas. Em 1 Coríntios 1,18-25, Paulo chama a cruz de “loucura” para o mundo, mas “poder de Deus”, iluminando a aparente derrota de Cristo perante Pilatos e Herodes como vitória divina. Finalmente, Colossenses 1,20 afirma que Cristo reconciliou todas as coisas pelo sangue da cruz, expandindo o alcance cósmico da redenção além do foco narrativo de Lucas. Esses textos paulinos oferecem uma lente teológica que revela a cruz como o centro da salvação universal.