Cantáte Dómino cánticum novum, allelúia... Cantai ao Senhor, um cântico novo. aleluia, porque o Senhor operou maravilhas, aleluia. Perante as nações todas, revelou a sua justiça, aleluia, aleluia, aleluia. Ps. Sua Destra e seu braço santo lhe alcançaram a salvação.
Epístola (Tg 1, 17-21)
Caríssimos: Toda dádiva excelente e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes no qual não há mudança, nem sombra de vicissitude. De livre vontade, Ele nos gerou pela palavra da verdade, para que sejamos como que primícias de suas criaturas. Vós o sabeis, irmãos meus diletíssimos. Assim seja todo homem, pronto para ouvir, ponderado para falar e custoso para enraivecer. Porque a ira do homem não opera o que seja justo diante de Deus. Pelo que, rejeitai toda impureza e excesso de malícia, e recebei com docilidade a palavra em vós implantada, que pode salvar as vossas almas.
Evangelho (Jo 16, 5-14)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Eu vou Aquele que me enviou e nenhum de vós me pergunta: Para onde ides? Mas porque vos disse estas coisas, o vosso coração se encheu de tristeza. Digo-vos, porém, a verdade: é bom para vós que eu vá ; porque se eu não for, não virá a vós o Consolador; mas, se for, eu vo-lo enviarei. E, quando Ele vier, convencerá o mundo que existe o pecado, a justiça e o juízo. Quanto ao pecado, porque não creram em mim. Quanto à justiça, porque eu vou ao Pai, e já não me vereis. E também quanto ao juízo, porque o príncipe deste mundo já foi julgado. Ainda tenho muitas coisas a dizer-vos; mas agora ainda não as podeis compreender. Quando vier, porém, aquele Espírito de verdade, ensinar-vos-á toda a verdade. De si mesmo não há de falar, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará.
Homilias e Explicações Teológicas
A missão do Espírito Santo, revelada na partida de Cristo, manifesta-se como a luz que ilumina o caminho da verdade, conduzindo a Igreja à infalibilidade doutrinal e as almas à santificação, pois Ele não fala por Si mesmo, mas glorifica o Filho, unindo-nos ao mistério da Trindade em uma relação de dependência amorosa (Santo Agostinho, Tratado sobre o Evangelho de João, 99). A justiça divina, que o Espírito proclama ao mundo, não é apenas punição, mas uma convocação à conversão, mostrando o pecado como rejeição do amor de Deus e a vitória da Igreja como testemunho da verdade encarnada (Santo Ambrósio, Sobre o Espírito Santo, Livro I, cap. 12). O Espírito, ao ensinar toda a verdade, não introduz novidades estranhas, mas aprofunda a compreensão do depósito da fé, guiando a Igreja para que permaneça fiel à missão de Cristo, mesmo em meio às provações (Santo Hilário de Poitiers, Sobre a Trindade, Livro VIII, cap. 25). A preparação da alma para receber essa luz exige humildade e pureza, pois o Espírito não habita onde o orgulho obscurece a verdade, mas ilumina aqueles que se esvaziam para acolher a graça divina (Santo Gregório Magno, Homilias sobre os Evangelhos, Homilia 30).
Comparação com os Demais Evangelhos
O Evangelho de João 16,5-14, ao destacar a missão do Espírito Santo como aquele que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo, e que guia a Igreja para a verdade plena, encontra complementos significativos nos outros evangelhos. Em Mateus 28,19-20, a promessa de Cristo de estar com os discípulos “todos os dias” sugere a presença contínua do Espírito, que João explicita como o Consolador que ensina e recorda. Marcos 13,11 enfatiza o Espírito falando pelos discípulos em momentos de perseguição, um aspecto prático da assistência doutrinal que João apresenta de forma mais teológica. Lucas 24,49, com a promessa do “poder do alto”, conecta a vinda do Espírito ao fortalecimento missionário, enquanto João foca na interioridade da iluminação e na glorificação de Cristo. Esses evangelhos, ao abordar a ação do Espírito em contextos de missão e provação, complementam a visão joanina, que prioriza a relação íntima do Espírito com a verdade e a continuidade da obra de Cristo.
O Evangelho de João 16,5-14, ao destacar a missão do Espírito Santo como aquele que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo, e que guia a Igreja para a verdade plena, encontra complementos significativos nos outros evangelhos. Em Mateus 28,19-20, a promessa de Cristo de estar com os discípulos “todos os dias” sugere a presença contínua do Espírito, que João explicita como o Consolador que ensina e recorda. Marcos 13,11 enfatiza o Espírito falando pelos discípulos em momentos de perseguição, um aspecto prático da assistência doutrinal que João apresenta de forma mais teológica. Lucas 24,49, com a promessa do “poder do alto”, conecta a vinda do Espírito ao fortalecimento missionário, enquanto João foca na interioridade da iluminação e na glorificação de Cristo. Esses evangelhos, ao abordar a ação do Espírito em contextos de missão e provação, complementam a visão joanina, que prioriza a relação íntima do Espírito com a verdade e a continuidade da obra de Cristo.
Comparação com Textos de São Paulo
As leituras de Tiago 1,17-21 e João 16,5-14, centradas na verdade divina e na missão do Espírito Santo, encontram eco nos escritos paulinos, que aprofundam aspectos não explicitados. Em Romanos 8,14-17, Paulo descreve os que são “conduzidos pelo Espírito” como filhos de Deus, complementando a ideia joanina do Espírito como guia para a verdade com a noção de adoção filial que transforma a relação com Deus. Em 1 Coríntios 2,10-12, Paulo destaca que o Espírito sonda as profundezas de Deus, revelando aos fiéis os dons divinos, o que enriquece a afirmação de João sobre o Espírito que “ensina toda a verdade” ao mostrar sua origem no conhecimento íntimo de Deus. Gálatas 5,22-23, ao listar os frutos do Espírito, como amor e paz, oferece uma dimensão prática da santificação das almas, que João menciona de forma mais abstrata como iluminação. Esses textos paulinos ampliam a compreensão da ação do Espírito, conectando a verdade revelada à vida filial e aos efeitos visíveis da graça.
As leituras de Tiago 1,17-21 e João 16,5-14, centradas na verdade divina e na missão do Espírito Santo, encontram eco nos escritos paulinos, que aprofundam aspectos não explicitados. Em Romanos 8,14-17, Paulo descreve os que são “conduzidos pelo Espírito” como filhos de Deus, complementando a ideia joanina do Espírito como guia para a verdade com a noção de adoção filial que transforma a relação com Deus. Em 1 Coríntios 2,10-12, Paulo destaca que o Espírito sonda as profundezas de Deus, revelando aos fiéis os dons divinos, o que enriquece a afirmação de João sobre o Espírito que “ensina toda a verdade” ao mostrar sua origem no conhecimento íntimo de Deus. Gálatas 5,22-23, ao listar os frutos do Espírito, como amor e paz, oferece uma dimensão prática da santificação das almas, que João menciona de forma mais abstrata como iluminação. Esses textos paulinos ampliam a compreensão da ação do Espírito, conectando a verdade revelada à vida filial e aos efeitos visíveis da graça.
Comparação com Documentos da Igreja
As leituras de Tiago 1,17-21 e João 16,5-14, que sublinham a missão tríplice do Espírito Santo, ressoam com documentos pré-Vaticano II, que esclarecem aspectos doutrinais complementares. O Catecismo Romano (Parte I, Art. 8) enfatiza o Espírito como autor da santidade, que opera nas almas por meio dos sacramentos, detalhando o processo de santificação apenas sugerido em João. A encíclica Divinum Illud Munus (Leão XIII, 1897) destaca a inhabitação do Espírito na Igreja e nos fiéis, explicando como Ele preserva a unidade e a infalibilidade doutrinal, o que amplia a afirmação joanina sobre a continuidade da missão de Cristo. O Decreto do Concílio de Trento (Sessão VI, cap. 7) sobre a justificação conecta a ação do Espírito à transformação interior do pecador, oferecendo uma base teológica para a preparação da alma mencionada no contexto da Missa. Esses documentos reforçam a visão das leituras, detalhando os efeitos da graça do Espírito na Igreja e nas almas, com ênfase na estrutura sacramental e na unidade eclesial.
As leituras de Tiago 1,17-21 e João 16,5-14, que sublinham a missão tríplice do Espírito Santo, ressoam com documentos pré-Vaticano II, que esclarecem aspectos doutrinais complementares. O Catecismo Romano (Parte I, Art. 8) enfatiza o Espírito como autor da santidade, que opera nas almas por meio dos sacramentos, detalhando o processo de santificação apenas sugerido em João. A encíclica Divinum Illud Munus (Leão XIII, 1897) destaca a inhabitação do Espírito na Igreja e nos fiéis, explicando como Ele preserva a unidade e a infalibilidade doutrinal, o que amplia a afirmação joanina sobre a continuidade da missão de Cristo. O Decreto do Concílio de Trento (Sessão VI, cap. 7) sobre a justificação conecta a ação do Espírito à transformação interior do pecador, oferecendo uma base teológica para a preparação da alma mencionada no contexto da Missa. Esses documentos reforçam a visão das leituras, detalhando os efeitos da graça do Espírito na Igreja e nas almas, com ênfase na estrutura sacramental e na unidade eclesial.