São João Batista de Rossi, Confessor
Nascido em 22 de fevereiro de 1698, em Voltaggio, Itália, dedicou sua vida ao serviço dos pobres e ao ministério sacerdotal, sendo ordenado presbítero em 1721. Faleceu em 23 de maio de 1764, em Roma, após uma vida marcada pela caridade e zelo apostólico. Sua canonização ocorreu em 8 de dezembro de 1881, pelo Papa Leão XIII, reconhecendo sua santidade e exemplo de vida evangélica. A alma de São João Batista de Rossi ardia com o fogo da caridade divina, que o impelia a buscar os mais necessitados, os doentes e os pecadores, para conduzi-los à misericórdia de Deus. Como sacerdote, sua vida foi um reflexo do Bom Pastor, gastando-se incansavelmente na pregação, na confissão e no cuidado pastoral, especialmente com os pobres e marginalizados de Roma. Sua humildade era tal que, apesar de sua sabedoria e eloquência, preferia a simplicidade, vivendo em pobreza voluntária e rejeitando honras. Sua espiritualidade, enraizada na oração e na mortificação, manifestava-se em sua paciência com os sofredores e em sua confiança na Providência, vendo em cada alma a imagem de Cristo. Entre as obras que refletem o espírito de São João Batista de Rossi, destaca-se sua dedicação ao catecismo e à pregação, embora não tenha deixado escritos próprios amplamente documentados. Seu legado é mais bem expresso em suas ações e nas palavras que proferia aos fiéis, exortando-os à conversão. Um texto representativo de seu espírito poderia ser extraído de suas homilias, como esta paráfrase de seu ensinamento: “Ó vós, que carregais o peso dos pecados, não vos desespereis! A misericórdia de Deus é maior que vossas faltas; achegai-vos ao confessionário, pois ali o Salvador vos espera com os braços abertos para vos restaurar à graça.”
Homilias e Explicações Teológicas
A justiça praticada com coração puro, como descrita nas ações de Jó, revela a alma que, movida pela caridade divina, não busca vanglória, mas a glória de Deus, pois o verdadeiro justo não se contenta com a própria retidão, mas estende a mão ao necessitado, reconhecendo neles a imagem do Criador (Santo Agostinho, Sermo de Scripturis, 115). A cena do julgamento final, onde o Rei separa as ovelhas dos cabritos, ensina que a caridade é o critério supremo da salvação, pois quem ama o pobre e o sofredor ama o próprio Cristo, que se identifica com os menores, unindo a terra ao céu num só ato de misericórdia (Santo Ambrósio, Expositio Evangelii secundum Lucam, 7). A vida de São João Batista de Rossi, marcada pela dedicação aos pobres e enfermos, exemplifica a virtude da humildade, que não se exalta nas boas obras, mas as oferece como sacrifício silencioso ao Senhor, mostrando que a santidade se consuma no serviço desinteressado (São Gregório Magno, Moralia in Job, 23). A verdadeira justiça, portanto, não é apenas cumprir a lei, mas viver para a glória de Deus, servindo aos irmãos com um coração que reflete a luz divina, pois o amor ao próximo é o reflexo do amor a Deus, que nos chama a sermos instrumentos de sua providência (São Bernardo de Claraval, Sermones in Cantica Canticorum, 50).
Comparação com os Demais Evangelhos
O evangelho de Mateus 25, 31-40, com sua descrição do julgamento final e a identificação de Cristo com os necessitados, encontra complementos distintos nos outros evangelhos. Em Lucas 10, 25-37, a parábola do Bom Samaritano enfatiza a ação concreta de misericórdia, mostrando que o próximo não é apenas o conhecido, mas qualquer um que precise de ajuda, ampliando o conceito de caridade para além dos limites sociais ou étnicos, algo não explicitado em Mateus. Em João 13, 34-35, o mandamento novo do amor mútuo é apresentado como sinal distintivo dos discípulos de Cristo, destacando a reciprocidade do amor cristão, enquanto Mateus foca na caridade como critério de julgamento. Marcos 9, 35-37 reforça a ideia de acolher os pequenos, mas adiciona que receber uma criança em nome de Jesus é receber o próprio Deus, apontando para a humildade como via para acolher o Reino, um aspecto menos enfatizado em Mateus. Esses textos complementam Mateus ao aprofundar a universalidade, a reciprocidade e a humildade no serviço ao próximo.
Comparação com Textos de São Paulo
Em 1 Coríntios 13, 1-3, Paulo exalta a caridade como a maior das virtudes, afirmando que sem ela até as maiores obras carecem de valor, complementando a ênfase de Mateus no amor como critério de salvação, mas destacando sua primazia sobre dons espirituais. Em Gálatas 6, 2, a exortação a “carregar os fardos uns dos outros” reforça a prática da misericórdia de Jó e São João Batista de Rossi, mas adiciona a ideia de comunidade solidária como cumprimento da lei de Cristo, um aspecto menos explicitado nas leituras. Em Filipenses 2, 3-4, Paulo chama à humildade e ao cuidado com os interesses alheios, ecoando a vida de serviço de São João Batista de Rossi, mas enfatizando a imitação de Cristo na kénosis, um motivo teológico ausente nos textos do dia. Essas passagens paulinas aprofundam a caridade como fundamento da vida cristã, unindo humildade e comunhão.
Comparação com Documentos da Igreja
O Catecismo Romano (1566, Parte III, cap. 5) ensina que as obras de misericórdia corporais e espirituais são expressão da verdadeira fé, complementando Mateus ao explicitar que tais atos não apenas atendem aos necessitados, mas purificam a alma do benfeitor, um aspecto não detalhado no evangelho. A encíclica Rerum Novarum (1891, n. 22) de Leão XIII destaca a caridade cristã como solução para as injustiças sociais, ecoando a justiça social de Jó, mas adicionando a responsabilidade de transformar estruturas sociais, um tema ausente nas leituras. O Missal Romano (1920, Comum dos Confessores) sublinha que a vida dos confessores, como São João Batista de Rossi, é um modelo de santidade prática, enfatizando a perseverança na caridade em meio às provações, o que reforça a mensagem de Jó, mas com foco na vocação sacerdotal. Esses documentos enriquecem as leituras ao conectarem a caridade com a purificação pessoal, a justiça social e a perseverança na missão.
Nascido em 22 de fevereiro de 1698, em Voltaggio, Itália, dedicou sua vida ao serviço dos pobres e ao ministério sacerdotal, sendo ordenado presbítero em 1721. Faleceu em 23 de maio de 1764, em Roma, após uma vida marcada pela caridade e zelo apostólico. Sua canonização ocorreu em 8 de dezembro de 1881, pelo Papa Leão XIII, reconhecendo sua santidade e exemplo de vida evangélica. A alma de São João Batista de Rossi ardia com o fogo da caridade divina, que o impelia a buscar os mais necessitados, os doentes e os pecadores, para conduzi-los à misericórdia de Deus. Como sacerdote, sua vida foi um reflexo do Bom Pastor, gastando-se incansavelmente na pregação, na confissão e no cuidado pastoral, especialmente com os pobres e marginalizados de Roma. Sua humildade era tal que, apesar de sua sabedoria e eloquência, preferia a simplicidade, vivendo em pobreza voluntária e rejeitando honras. Sua espiritualidade, enraizada na oração e na mortificação, manifestava-se em sua paciência com os sofredores e em sua confiança na Providência, vendo em cada alma a imagem de Cristo. Entre as obras que refletem o espírito de São João Batista de Rossi, destaca-se sua dedicação ao catecismo e à pregação, embora não tenha deixado escritos próprios amplamente documentados. Seu legado é mais bem expresso em suas ações e nas palavras que proferia aos fiéis, exortando-os à conversão. Um texto representativo de seu espírito poderia ser extraído de suas homilias, como esta paráfrase de seu ensinamento: “Ó vós, que carregais o peso dos pecados, não vos desespereis! A misericórdia de Deus é maior que vossas faltas; achegai-vos ao confessionário, pois ali o Salvador vos espera com os braços abertos para vos restaurar à graça.”
Introito
Deuteronômio 15,11 Præcípio tibi, ut apé rias manum fratri tuo egéno et páuperi... “Ordeno-te que abras a mão a teu irmão necessitado e ao pobre que está contigo na tua terra.” Salmo 40,2 “Bem-aventurado o que atende ao pobre e ao necessitado: no dia mau o Senhor o livrará.”
Leitura do livro de Jó 29, 1 e 8-18
Naqueles dias, Jó retomou a sua parábola e disse: “Os jovens me viam e se escondiam; e os anciãos se levantavam e ficavam de pé. Os príncipes cessavam de falar, e punham a mão sobre a boca. Os chefes calavam sua voz, e sua língua aderira ao céu da boca. O ouvido que me escutava me proclamava feliz, e o olho que me via dava testemunho de mim, porque eu salvava o pobre que clamava e o órfão que não tinha quem o ajudasse. A bênção do que ia perecer vinha sobre mim, e o coração da viúva eu consolava. Vestia-me de justiça, e ela era meu manto; o meu juízo era como turbante e diadema. Era olhos para o cego e pés para o coxo. Pai dos pobres era eu, e a causa que não conhecia investigava com diligência. Quebrava os queixais do iníquo e arrancava-lhe a presa de entre os dentes. E dizia comigo: ‘No meu ninho morrerei, e multiplicarei meus dias como a palmeira.’”
Sequência do santo Evangelho segundo Mateus 25, 31-40
Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: "Quando o Filho do Homem vier em sua majestade, e todos os anjos com Ele, então se assentará no trono de sua glória. E todas as nações serão reunidas diante dele, e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita, e os cabritos à esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era estrangeiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; estava na prisão, e viestes a mim.” Então os justos lhe responderão, dizendo: “Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos como estrangeiro, e te acolhemos? Ou nu, e te vestimos? Ou quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?” E o Rei lhes responderá: “Em verdade vos digo: todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes.”
Deuteronômio 15,11 Præcípio tibi, ut apé rias manum fratri tuo egéno et páuperi... “Ordeno-te que abras a mão a teu irmão necessitado e ao pobre que está contigo na tua terra.” Salmo 40,2 “Bem-aventurado o que atende ao pobre e ao necessitado: no dia mau o Senhor o livrará.”
Leitura do livro de Jó 29, 1 e 8-18
Naqueles dias, Jó retomou a sua parábola e disse: “Os jovens me viam e se escondiam; e os anciãos se levantavam e ficavam de pé. Os príncipes cessavam de falar, e punham a mão sobre a boca. Os chefes calavam sua voz, e sua língua aderira ao céu da boca. O ouvido que me escutava me proclamava feliz, e o olho que me via dava testemunho de mim, porque eu salvava o pobre que clamava e o órfão que não tinha quem o ajudasse. A bênção do que ia perecer vinha sobre mim, e o coração da viúva eu consolava. Vestia-me de justiça, e ela era meu manto; o meu juízo era como turbante e diadema. Era olhos para o cego e pés para o coxo. Pai dos pobres era eu, e a causa que não conhecia investigava com diligência. Quebrava os queixais do iníquo e arrancava-lhe a presa de entre os dentes. E dizia comigo: ‘No meu ninho morrerei, e multiplicarei meus dias como a palmeira.’”
Sequência do santo Evangelho segundo Mateus 25, 31-40
Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: "Quando o Filho do Homem vier em sua majestade, e todos os anjos com Ele, então se assentará no trono de sua glória. E todas as nações serão reunidas diante dele, e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita, e os cabritos à esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era estrangeiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; estava na prisão, e viestes a mim.” Então os justos lhe responderão, dizendo: “Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos como estrangeiro, e te acolhemos? Ou nu, e te vestimos? Ou quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?” E o Rei lhes responderá: “Em verdade vos digo: todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes.”
Homilias e Explicações Teológicas
A justiça praticada com coração puro, como descrita nas ações de Jó, revela a alma que, movida pela caridade divina, não busca vanglória, mas a glória de Deus, pois o verdadeiro justo não se contenta com a própria retidão, mas estende a mão ao necessitado, reconhecendo neles a imagem do Criador (Santo Agostinho, Sermo de Scripturis, 115). A cena do julgamento final, onde o Rei separa as ovelhas dos cabritos, ensina que a caridade é o critério supremo da salvação, pois quem ama o pobre e o sofredor ama o próprio Cristo, que se identifica com os menores, unindo a terra ao céu num só ato de misericórdia (Santo Ambrósio, Expositio Evangelii secundum Lucam, 7). A vida de São João Batista de Rossi, marcada pela dedicação aos pobres e enfermos, exemplifica a virtude da humildade, que não se exalta nas boas obras, mas as oferece como sacrifício silencioso ao Senhor, mostrando que a santidade se consuma no serviço desinteressado (São Gregório Magno, Moralia in Job, 23). A verdadeira justiça, portanto, não é apenas cumprir a lei, mas viver para a glória de Deus, servindo aos irmãos com um coração que reflete a luz divina, pois o amor ao próximo é o reflexo do amor a Deus, que nos chama a sermos instrumentos de sua providência (São Bernardo de Claraval, Sermones in Cantica Canticorum, 50).
Comparação com os Demais Evangelhos
O evangelho de Mateus 25, 31-40, com sua descrição do julgamento final e a identificação de Cristo com os necessitados, encontra complementos distintos nos outros evangelhos. Em Lucas 10, 25-37, a parábola do Bom Samaritano enfatiza a ação concreta de misericórdia, mostrando que o próximo não é apenas o conhecido, mas qualquer um que precise de ajuda, ampliando o conceito de caridade para além dos limites sociais ou étnicos, algo não explicitado em Mateus. Em João 13, 34-35, o mandamento novo do amor mútuo é apresentado como sinal distintivo dos discípulos de Cristo, destacando a reciprocidade do amor cristão, enquanto Mateus foca na caridade como critério de julgamento. Marcos 9, 35-37 reforça a ideia de acolher os pequenos, mas adiciona que receber uma criança em nome de Jesus é receber o próprio Deus, apontando para a humildade como via para acolher o Reino, um aspecto menos enfatizado em Mateus. Esses textos complementam Mateus ao aprofundar a universalidade, a reciprocidade e a humildade no serviço ao próximo.
Comparação com Textos de São Paulo
Em 1 Coríntios 13, 1-3, Paulo exalta a caridade como a maior das virtudes, afirmando que sem ela até as maiores obras carecem de valor, complementando a ênfase de Mateus no amor como critério de salvação, mas destacando sua primazia sobre dons espirituais. Em Gálatas 6, 2, a exortação a “carregar os fardos uns dos outros” reforça a prática da misericórdia de Jó e São João Batista de Rossi, mas adiciona a ideia de comunidade solidária como cumprimento da lei de Cristo, um aspecto menos explicitado nas leituras. Em Filipenses 2, 3-4, Paulo chama à humildade e ao cuidado com os interesses alheios, ecoando a vida de serviço de São João Batista de Rossi, mas enfatizando a imitação de Cristo na kénosis, um motivo teológico ausente nos textos do dia. Essas passagens paulinas aprofundam a caridade como fundamento da vida cristã, unindo humildade e comunhão.
Comparação com Documentos da Igreja
O Catecismo Romano (1566, Parte III, cap. 5) ensina que as obras de misericórdia corporais e espirituais são expressão da verdadeira fé, complementando Mateus ao explicitar que tais atos não apenas atendem aos necessitados, mas purificam a alma do benfeitor, um aspecto não detalhado no evangelho. A encíclica Rerum Novarum (1891, n. 22) de Leão XIII destaca a caridade cristã como solução para as injustiças sociais, ecoando a justiça social de Jó, mas adicionando a responsabilidade de transformar estruturas sociais, um tema ausente nas leituras. O Missal Romano (1920, Comum dos Confessores) sublinha que a vida dos confessores, como São João Batista de Rossi, é um modelo de santidade prática, enfatizando a perseverança na caridade em meio às provações, o que reforça a mensagem de Jó, mas com foco na vocação sacerdotal. Esses documentos enriquecem as leituras ao conectarem a caridade com a purificação pessoal, a justiça social e a perseverança na missão.