🕊️ Introito (Eclo 45, 30 | Sl 131, 1)
Loquébar de testimóniis tuis in conspéctu regum, et non confundébar... Eu falava de vossos preceitos diante dos reis, e não me confundia; e meditava em vossos mandamentos, que muito amo. Sl. Bem-aventurados os que se mantêm sem mácula no caminho; os que andam na lei do Senhor.
Loquébar de testimóniis tuis in conspéctu regum, et non confundébar... Eu falava de vossos preceitos diante dos reis, e não me confundia; e meditava em vossos mandamentos, que muito amo. Sl. Bem-aventurados os que se mantêm sem mácula no caminho; os que andam na lei do Senhor.
📜 Epístola (Eclo 51, 1-8 e 12)
Livro da Sabedoria. Glorificar-Vos-ei, ó Senhor, meu Rei, e louvar-Vos-ei, ó Deus, Salvador meu. Celebrarei o vosso Nome porque Vos fizestes meu auxílio e meu protetor e livrastes o meu corpo da perdição, do laço da língua iníqua e dos lábios dos mentirosos. Diante dos meus adversários Vos declarastes o meu defensor. Livrastes-me, segundo a vossa grande misericórdia, dos que rugiam preparados para me devorar; das mãos dos que procuravam tirar-me a vida; do poder das tribulações que me cercavam, da violência da chama que me envolvia, e, no meio do fogo, não senti calor; das profundezas do inferno e da língua impura, da palavra de mentira, de um rei iníquo e da língua injusta. Minha alma louvará o Senhor até a morte, porque Vós livrais dos perigos aqueles que em Vós esperam, e os salvais das mãos dos gentios, ó Senhor, nosso Deus.
Livro da Sabedoria. Glorificar-Vos-ei, ó Senhor, meu Rei, e louvar-Vos-ei, ó Deus, Salvador meu. Celebrarei o vosso Nome porque Vos fizestes meu auxílio e meu protetor e livrastes o meu corpo da perdição, do laço da língua iníqua e dos lábios dos mentirosos. Diante dos meus adversários Vos declarastes o meu defensor. Livrastes-me, segundo a vossa grande misericórdia, dos que rugiam preparados para me devorar; das mãos dos que procuravam tirar-me a vida; do poder das tribulações que me cercavam, da violência da chama que me envolvia, e, no meio do fogo, não senti calor; das profundezas do inferno e da língua impura, da palavra de mentira, de um rei iníquo e da língua injusta. Minha alma louvará o Senhor até a morte, porque Vós livrais dos perigos aqueles que em Vós esperam, e os salvais das mãos dos gentios, ó Senhor, nosso Deus.
📖 Evangelho (Mt 25, 1-13)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos esta parábola: O reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo e da esposa. Cinco porém, dentre elas, eram loucas e cinco prudentes. Ora, as cinco loucas, tomando as suas lâmpadas, não trouxeram azeite consigo. As prudentes, porém, com as suas lâmpadas, tomaram azeite em suas vasilhas. Tardando o esposo a chegar, todas elas tiveram sono e adormeceram. Quando era meia noite, ouviu-se um grito: Eis que chega o esposo, saí-lhe ao encontro. Então se levantaram todas essas virgens e prepararam as suas lâmpadas. E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos de vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. Responderam as prudentes: Talvez não seja ele suficiente para nós e para vós; ide antes aos que o vendem e comprai-o para vós. Mas, enquanto elas foram comprá-lo, veio o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas; e a porta foi fechada. Mais tarde vieram também as outras virgens e chamaram: Senhor, Senhor, abri-nos. Ele lhes respondeu, dizendo: Em verdade vos digo: eu não vos conheço. Vigiai pois, porque não sabeis o dia nem a hora.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos esta parábola: O reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo e da esposa. Cinco porém, dentre elas, eram loucas e cinco prudentes. Ora, as cinco loucas, tomando as suas lâmpadas, não trouxeram azeite consigo. As prudentes, porém, com as suas lâmpadas, tomaram azeite em suas vasilhas. Tardando o esposo a chegar, todas elas tiveram sono e adormeceram. Quando era meia noite, ouviu-se um grito: Eis que chega o esposo, saí-lhe ao encontro. Então se levantaram todas essas virgens e prepararam as suas lâmpadas. E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos de vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. Responderam as prudentes: Talvez não seja ele suficiente para nós e para vós; ide antes aos que o vendem e comprai-o para vós. Mas, enquanto elas foram comprá-lo, veio o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas; e a porta foi fechada. Mais tarde vieram também as outras virgens e chamaram: Senhor, Senhor, abri-nos. Ele lhes respondeu, dizendo: Em verdade vos digo: eu não vos conheço. Vigiai pois, porque não sabeis o dia nem a hora.
🤔 Reflexões
🕯️Santa Tecla encarna a figura da virgem prudente, cuja lâmpada é a profissão da fé e o azeite, a caridade que a sustenta. As lâmpadas são as boas obras visíveis, mas o azeite é o tesouro interior do amor a Deus. A caridade é o azeite, um bem que não se pode tomar emprestado; deve ser comprado, isto é, adquirido com esforço pessoal e a graça de Deus, nutrindo-o com a oração e os sacramentos (Santo Agostinho, Sermão 93). Todas as virgens adormecem, pois o sono da morte é comum a justos e pecadores; a diferença se manifesta no despertar, quando apenas os que possuíam o azeite da perseverança e das obras de misericórdia podem iluminar seu caminho para as bodas. O azeite representa a vontade interior, o deleite na justiça e o amor que alimenta a fé, pois sem ele, a fé se extingue na hora da provação (São Gregório Magno, Homilia 12 sobre os Evangelhos). A recusa em partilhar o azeite não indica egoísmo, mas a realidade de que a justiça e a consciência de cada um são intransferíveis no momento do juízo final.
✝️A parábola das dez virgens é exclusiva do Evangelho de São Mateus. Enquanto São Lucas aborda o tema da vigilância de forma mais geral, como na passagem dos servos que esperam o retorno de seu senhor das bodas (Lc 12, 35-38), exortando a ter "os rins cingidos e as lâmpadas acesas", ele não desenvolve a rica alegoria do azeite. A narrativa de Mateus é única ao focar na distinção entre a preparação externa (a lâmpada) e a substância interior da fé (o azeite), ressaltando que a prontidão para o Reino não é apenas uma questão de aparência, mas de uma virtude interior nutrida constantemente.
✍️Os escritos de São Paulo, mestre de Santa Tecla, iluminam profundamente o Evangelho. Em sua Primeira Carta aos Coríntios, ele exalta a virgindade como um estado que permite uma "solicitude sem divisão" pelas coisas do Senhor, o que reflete a vigilância das virgens prudentes (1Cor 7, 32-34). A imagem da Igreja como noiva de Cristo é central em sua teologia: "Eu vos desposei a um único esposo, para vos apresentar a Cristo como virgem pura" (2Cor 11, 2), o que se conecta diretamente com a cena das bodas. Além disso, a exortação final do Evangelho, "Vigiai", ecoa o apelo de Paulo aos Tessalonicenses para que não durmam como os demais, mas que, como "filhos da luz", permaneçam vigilantes e sóbrios, aguardando o Dia do Senhor (1Ts 5, 5-6).
🏛️Os documentos do Magistério da Igreja aprofundam a teologia da virgindade consagrada, ecoando a prontidão das virgens prudentes. A Encíclica Sacra Virginitas do Papa Pio XII ensina que a virgindade pelo Reino dos Céus não é apenas uma renúncia, mas uma escolha positiva que permite ao coração humano amar a Deus "com um amor sem partilha" e dedicar-se mais livremente ao Seu serviço e ao do próximo. Este estado de vida é um sinal escatológico, uma antecipação da união nupcial definitiva com Cristo no céu, para a qual as virgens prudentes se prepararam com o azeite da caridade e da fé perseverante. Assim, a vida de uma virgem consagrada como Santa Tecla é uma lâmpada que ilumina o caminho para as bodas eternas.
🕯️Santa Tecla encarna a figura da virgem prudente, cuja lâmpada é a profissão da fé e o azeite, a caridade que a sustenta. As lâmpadas são as boas obras visíveis, mas o azeite é o tesouro interior do amor a Deus. A caridade é o azeite, um bem que não se pode tomar emprestado; deve ser comprado, isto é, adquirido com esforço pessoal e a graça de Deus, nutrindo-o com a oração e os sacramentos (Santo Agostinho, Sermão 93). Todas as virgens adormecem, pois o sono da morte é comum a justos e pecadores; a diferença se manifesta no despertar, quando apenas os que possuíam o azeite da perseverança e das obras de misericórdia podem iluminar seu caminho para as bodas. O azeite representa a vontade interior, o deleite na justiça e o amor que alimenta a fé, pois sem ele, a fé se extingue na hora da provação (São Gregório Magno, Homilia 12 sobre os Evangelhos). A recusa em partilhar o azeite não indica egoísmo, mas a realidade de que a justiça e a consciência de cada um são intransferíveis no momento do juízo final.
✝️A parábola das dez virgens é exclusiva do Evangelho de São Mateus. Enquanto São Lucas aborda o tema da vigilância de forma mais geral, como na passagem dos servos que esperam o retorno de seu senhor das bodas (Lc 12, 35-38), exortando a ter "os rins cingidos e as lâmpadas acesas", ele não desenvolve a rica alegoria do azeite. A narrativa de Mateus é única ao focar na distinção entre a preparação externa (a lâmpada) e a substância interior da fé (o azeite), ressaltando que a prontidão para o Reino não é apenas uma questão de aparência, mas de uma virtude interior nutrida constantemente.
✍️Os escritos de São Paulo, mestre de Santa Tecla, iluminam profundamente o Evangelho. Em sua Primeira Carta aos Coríntios, ele exalta a virgindade como um estado que permite uma "solicitude sem divisão" pelas coisas do Senhor, o que reflete a vigilância das virgens prudentes (1Cor 7, 32-34). A imagem da Igreja como noiva de Cristo é central em sua teologia: "Eu vos desposei a um único esposo, para vos apresentar a Cristo como virgem pura" (2Cor 11, 2), o que se conecta diretamente com a cena das bodas. Além disso, a exortação final do Evangelho, "Vigiai", ecoa o apelo de Paulo aos Tessalonicenses para que não durmam como os demais, mas que, como "filhos da luz", permaneçam vigilantes e sóbrios, aguardando o Dia do Senhor (1Ts 5, 5-6).
🏛️Os documentos do Magistério da Igreja aprofundam a teologia da virgindade consagrada, ecoando a prontidão das virgens prudentes. A Encíclica Sacra Virginitas do Papa Pio XII ensina que a virgindade pelo Reino dos Céus não é apenas uma renúncia, mas uma escolha positiva que permite ao coração humano amar a Deus "com um amor sem partilha" e dedicar-se mais livremente ao Seu serviço e ao do próximo. Este estado de vida é um sinal escatológico, uma antecipação da união nupcial definitiva com Cristo no céu, para a qual as virgens prudentes se prepararam com o azeite da caridade e da fé perseverante. Assim, a vida de uma virgem consagrada como Santa Tecla é uma lâmpada que ilumina o caminho para as bodas eternas.